Denúncia

Técnico da seleção de karatê é acusado de abuso sexual

Ex-atleta Milena Silva fez denúncias contra Ronier Gonçalves

Ronier Gonçalves é treinador da seleção de base de karatê brasileiro
Ronier Gonçalves é treinador da seleção de base de karatê brasileiro |  Foto: Reprodução
 

O técnico da seleção de base de karatê, Ronier Gonçalves, é acusado pela ex-atleta Milena Silva de abuso sexual. Em suas redes sociais, ela compartilhou nesta quarta (18) uma série de relatos sobre posturas e condutas do então 'sensei' em relação às alunas - incluindo menores de idade.

Segundo Milena, Ronier se aproveitava de situações de treinamento para obter vantagens físicas em relação às alunas.

"O que muitos não sabem é que passei longos anos por constrangimentos, sendo assediada pelo 'sensei' Ronier Gonçalves, nome esse que me dá repulsa todos os dias, somente em lembrar todo o mal que ele já me causou e me causa ainda hoje", desabafou.

Ainda de acordo com a ex-atleta, foram diversos os exemplos de abuso.

"Vi ele assediar outras mulheres e meninas menores de 18 anos. Ele assediava cada menina que entrava naquela academia, apertava as nossas coxas na hora de demonstrar um exercício, nos chamava de 'gostosas', pedia beijo na boca, invadia o banheiro enquanto eu me trocava, me levou a um motel sem me avisar quando deveria me levar para casa (...)", descreveu.

Na acusação, ela afirma que as atitudes eram frequentes no centro de treinamento - o Dinamic, localizado em Fortaleza. Ronier costumava até chamar as alunas em sua sala para mostrar vídeos de relações íntimas com outras mulheres.

Além de compartilhar os relatos de outras mulheres, Milena divulgou também o boletim de ocorrência que prestou contra o treinador. 

Defesa

Procurado pelo Globo Esporte, o advogado de Ronier, Leandro Vasques, colocou seu cliente à disposição da polícia para esclarecimentos e afirmou que provará que todas as acusações são falsas.

"O que posso lhe adiantar é que conversei com a delegada e que o inquérito policial nem foi instaurado ainda. O que existe é um boletim de ocorrência feito por uma pessoa que se diz vítima dele que na verdade é uma ex-aluna contrariada. Teve seus interesses contrariados. Esses detalhes o professor irá explicar quando ele foi prestar depoimentos", disse.

Ainda de acordo com o advogado, o histórico de Ronier provará sua inocência.

"Também está apresentando amanhã um elenco de cinco testemunhas que, no conjunto do que elas informarão, se constatará o porquê dessa acusações caluniosas que ele está sofrendo. Ele tem muitos anos de atividade, já treinou inúmeras mulheres, crianças, jovens, nunca jamais, em tempo algum, foi acusado de qualquer tipo de conduta indevida", afirmou.

Confederação

A Confederação Brasileira de Karatê, através de comunicado em suas redes sociais, afirmou que já está ciente do caso e seguirá acompanhando o desenrolar da história. A CBK disse também que "não compactua com nenhum tipo de discriminação, assédio, racismo ou outros crimes".

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