Sem sucesso
A agonia continua: niteroiense ainda não foi resgatada em vulcão
No momento, já é noite na Indonésia

A expectativa das pessoas que acompanham o caso de Juliana Marins era acordar, na manhã desta terça-feira (24), com a confirmação do resgate da publicitária de Niterói, de 26 anos, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, Indonésia, no último sábado (21). Este já é o quarto dia de buscas e, até o momento, a jovem ainda não foi resgatada.
Na noite de segunda-feira (23), no horário de Brasília, a família comunicou que as buscas por Juliana foram retomadas e que a esperança de encontrá-la com vida permanecia alta. A informação foi divulgada por Mariana Marins. No entanto, até o momento, não há informações concretas sobre seu resgate. Já são 18h52 na Indonésia.
Às 10h49, no horário local de Lombok (23h49 do dia anterior em Brasília), Mariana Marins, irmã da jovem, informou que a equipe de resgate havia descido cerca de 400 metros, mas estimava que a localização de Juliana ainda estaria a aproximadamente 650 metros de distância. "Ela estava mais longe do que esperávamos inicialmente", declarou Mariana.
Além disso, Mariana comentou que dois helicópteros de resgate, um em Sumbawa e outro em Jacarta permaneciam em solo, aguardando autorização para decolar, conforme a liberação do espaço aéreo, a fim de iniciar os voos de busca.
Mais cedo, por meio das redes sociais, a família informou que as buscas contavam com o apoio da Embaixada do Brasil na Indonésia, que estava presente no local. Também comunicaram que, às 15h45 (horário local), três planos de ação estavam em andamento, mas a operação aérea com helicópteros foi suspensa devido às condições climáticas adversas. Até o momento, a jovem ainda não foi localizada.
Desde fevereiro, Juliana está em uma viagem de mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Embarque do pai de Juliana e pedido de oração
O pai da jovem Juliana Marins, Manoel Marins Filho, publicou em suas redes sociais um vídeo momentos antes de embarcar em um voo para a Indonésia, por volta das 6h30 desta terça-feira, e pediu orações.
"Estamos embarcando agora para Bali, prestes a entrar no avião. São praticamente 10 horas de voo daqui até lá. Quero pedir que vocês sigam orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco para o Brasil. Sã e salva. Obrigada por tudo", disse Manoel, que estava saindo de Lisboa, em Portugal, em um voo para Bali, na Indonésia.
O voo, vindo de Lisboa, levou mais tempo do que o previsto porque precisava cruzar o espaço aéreo do Catar, que estava temporariamente fechado devido aos conflitos no Oriente Médio. Por esse motivo, a aeronave precisou aguardar autorização para prosseguir.
Na segunda-feira, ele publicou um vídeo em suas redes sociais expressando gratidão pelo suporte recebido de sua família.
No mesmo vídeo, ele também agradeceu o auxílio diplomático oferecido pela embaixada brasileira em Jacarta e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Obrigado a todos que estão se mobilizando, obrigado ao governo brasileiro, obrigado aos amigos e pessoas que eu nem conhecia e nem esperava, mas estão se mobilizando e fazendo o que é possível, nos apontando caminhos para que nós possamos trazer a Juliana sã e salva, que é o que nós esperamos. Obrigada pelo esforço de todos", agradece Manoel.
Parque fecha trilha
Na madrugada desta terça-feira, no horário do Brasil, e durante a tarde na Indonésia, o Parque Nacional do Monte Rinjani comunicou o fechamento temporário da trilha que leva ao cume do vulcão. A decisão visa facilitar e agilizar as operações de resgate de Juliana.
De acordo com o comunicado oficial, “a trilha de escalada entre Pelawangan Sembalun e o cume do Rinjani ficará fechada a partir de 24 de junho de 2025, por tempo indeterminado, até que o processo de evacuação seja concluído oficialmente.”
Ainda segundo o perfil criado pela família para centralizar as informações oficiais, as autoridades do parque confirmaram o bloqueio do trecho final da trilha, local onde estão concentradas as ações de resgate com o objetivo de evitar a presença de turistas curiosos.


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