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    Adolescente brasileiro é morto a facadas em metrô do Canadá

    Jovem de 16 anos foi atacado por um morador de rua em Toronto

    Publicado 30/03/2023 às 17:24 | Autor: Enfoco
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    Gabriel foi atacado por um morador de rua
    Gabriel foi atacado por um morador de rua |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

    Gabriel Magalhães, de 16 anos, foi morto a facadas em uma estação de metrô em Toronto, no Canadá, no último sábado (25). O ataque aconteceu por volta das 21h. A polícia canadense confirmou que Gabriel estava sentado em um banco ao lado das escadas rolantes da plataforma do metrô quando foi atacado por um morador de rua.

    Para as mídias locais, a polícia afirmou que o ataque foi aleatório, não possuindo nenhuma motivação para acontecer. O suspeito do crime, Jordan O’Brien-Tobin, de 22 anos, fugiu da estação logo após o ataque, mas foi preso no mesmo dia.

    O jornal “Toronto Star” publicou uma reportagem afirmando que uma onda de ataques aleatórios vem ocorrendo dentro do metrô da cidade. Em 2022, foram quase 2 mil incidentes violentos contra passageiros na rede de transporte público. Em 2019, pouco antes da pandemia, o número de incidentes foi de 669.

    A mãe de Gabriel, Andrea Magalhães, chegou a ver a notícia sobre o caso, mas não pensou que a vítima fosse seu filho.

    Andrea é enfermeira de um hospital da cidade, e antes de saber sobre a morte do filho ela viu no noticiário a reportagem que um homem tinha sido esfaqueado no metrô, mas segundo a entrevista dada ao "Toronto Star", ela confirmou que não cogitava que a vítima era seu próprio filho.

    “Eu pensei que ele (Gabriel) não é um homem, é uma criança”, disse.

    A mulher comentou que ficou preocupada quando o filho não respondeu às mensagens e telefonemas durante à noite daquele dia. Ela cogitou que Gabriel poderia chegar mais tarde naquele dia, por isso deixou a porta da casa aberta e ficou acordada esperando. Quem chegou no lugar do filho foram os investigadores para avisar sobre a morte do filho.

    “Nós deixamos São Paulo, nos anos 2000, uma cidade muito, muito perigosa, muito violenta, estávamos procurando uma vida melhor, oportunidades e queríamos ter filhos. Nós queríamos segurança para nossas crianças, e por isso viemos para Toronto”, afirmou Andrea para uma entrevista ao "Globo News" canadense.

    Andrea contou que nunca imaginou que algo deste tipo aconteceria com seu filho. “Eu pensei que não havia lugar melhor no mundo para criar minhas crianças do que aqui em Toronto”, disse ela.

    Sobre o assassino, Andrea relatou que os amigos e familiares estão culpando o homem que esfaqueou o filho. 

    “Neste momento, pessoalmente, eu não o culpo. Eu culpo o sistema. Por que ele não estava sendo atendido? Se nós quisermos resolver o problema, precisamos ir mais fundo do que colocar guardas no metrô e nas ruas. Precisamos do apoio apropriado, e não de cortar fundos de saúde pública. Precisamos investir mais. Essa é uma cidade rica. Nós pagamos muitos impostos e queremos que nosso dinheiro vá para a segurança”, argumentou Andrea. 

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