Solidariedade
Alexandre Pato quer pagar repatriação do corpo de niteroiense
Lei impede Itamaraty de arcar com despesa do translado

O ex-jogador de futebol Alexandre Pato se prontificou a custear a repatriação do corpo da publicitária niteroiense Juliana Marins, de 26 anos, que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Conhecido por sua postura discreta fora dos campos, Pato entrou em contato com perfis nas redes sociais e com a imprensa para localizar a família da jovem e oferecer apoio financeiro no processo.
“Quero pagar esse valor para que todos tenham paz e para que ela possa descansar ao lado da família”, afirmou o jogador ao portal LeoDias, nesta quarta-feira (25). A iniciativa, que ganhou repercussão nas redes sociais, é mais um exemplo da solidariedade do atleta, que já havia se mobilizado em 2018 para ajudar no tratamento da influencer Nara Almeida, vítima de câncer.
A morte de Juliana comoveu o Brasil. Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, a publicitária caiu de uma encosta de cerca de 300 metros durante uma trilha em uma área de difícil acesso. Ela estava acompanhada por um guia e outros turistas quando o acidente ocorreu. Devido às condições climáticas e falhas logísticas, o resgate demorou mais de quatro dias. Juliana foi encontrada sem vida a cerca de 600 metros abaixo da trilha.
Sem amparo legal, família arcaria com todos os custos
Apesar da comoção nacional, a legislação brasileira não prevê apoio financeiro para traslados de corpos do exterior. O Decreto nº 9.199/2017, que regulamenta a assistência consular, exclui expressamente o custeio de despesas com sepultamento ou translado de restos mortais de brasileiros falecidos fora do país.
“O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos”, diz trecho da norma. Diante disso, o gesto de Pato pode ser decisivo para viabilizar o retorno do corpo de Juliana ao Brasil.
Tragédia e mobilização internacional
A jovem, que era muito querida em sua cidade natal, teve sua morte lamentada por políticos, celebridades e pelo governo brasileiro. Niterói decretou três dias de luto oficial em homenagem à publicitária.
O Itamaraty informou que a embaixada brasileira na Indonésia deslocou três funcionários para acompanhar as operações no Monte Rinjani e prestar suporte à família. A apuração sobre eventuais falhas ou negligências no resgate será feita após a conclusão do processo.


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