Economia
Brasil registra menor taxa de desemprego desde 2012
Emprego com carteira assinada bate recorde histórico

O Brasil alcançou no segundo trimestre de 2025 a menor taxa de desemprego da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (31), a taxa de desocupação caiu para 5,8%, superando o recorde anterior de novembro de 2024, quando era de 6,1%.
A recuperação do mercado de trabalho também trouxe outros marcos: o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões — o maior já registrado — e o rendimento médio mensal do brasileiro chegou a R$3.477, também recorde.
No total, o país contabilizou 102,3 milhões de pessoas ocupadas e 6,3 milhões desocupadas no trimestre encerrado em junho. O número de pessoas em busca de trabalho recuou 17,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2025, o equivalente a menos 1,3 milhão de brasileiros. Já o total de ocupados cresceu 1,8%, representando 1,8 milhão de trabalhadores a mais no período.
A informalidade também recuou. A taxa caiu para 37,8%, é o menor nível desde 2020. Segundo o IBGE, trabalhadores informais incluem empregados sem carteira assinada, autônomos e empregadores sem CNPJ.
Outro dado positivo foi a redução no número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego por acharem que não vão conseguir. O contingente ficou em 2,8 milhões de pessoas, o menor desde 2016.
A Pnad divulgada hoje é a primeira a incorporar ponderações atualizadas com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. Essa atualização refina a representatividade das amostras domiciliares e segue padrões internacionais adotados por órgãos de estatística.
O aquecimento do mercado de trabalho reflete diretamente no poder de compra do brasileiro. O rendimento médio de R$3.477 é 1,1% maior que o do primeiro trimestre e 3,3% superior ao do mesmo período de 2024. Com mais pessoas empregadas e ganhando melhor, a massa de rendimentos, que é a soma de todos os salários pagos,chegou a R$351,2 bilhões, novo recorde. O valor representa um crescimento de 5,9% (R$19,7 bilhões) em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Esse crescimento tem impacto direto na economia: mais dinheiro circulando estimula o consumo, os investimentos e a poupança das famílias brasileiras.


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