Eleições 2022
Diretor da PRF se compromete a parar com as operações nas estradas
Vasques foi chamado para dar informações ao TSE
Após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, cobrar explicações sobre as operações policiais que tiveram imagens divulgadas em redes sociais, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, se comprometeu a parar com as ações, realizadas principalmente no Nordeste. Teriam sido feitas mais de 500 operações. Caso não obedeça, ele terá que pagar multa.
O diretor da PRF publicou neste sábado (29) em uma rede social uma mensagem na qual pediu voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. A postagem foi apagada.
Na noite de ontem, Moraes proibiu a PRF de conduzir operações que pudessem afetar o transporte público de eleitores, fosse pago ou gratuito, sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da corporação em caso de descumprimento.
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O presidente do TSE atendeu a pedido do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que apresentou notícias de suposto uso político da PRF em favor do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.
Em novo despacho proferido na manhã deste domingo (30), Alexandre de Moraes esclareceu que sua decisão de restringir divulgações pela PF não abrange informações do sistema Córtex de dados de segurança, tampouco o monitoramento feito pelo Centro Integrado de Comando e Controle.
"Ou seja, o TSE não restringiu nenhuma ação da PF, mas tão somente as divulgações de operações específicas, com imagens e entrevistas que possam influenciar no pleito eleitoral", informou o tribunal.
Mais cedo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública distribuiu nota informando que não divulgaria hoje os dados sobre a Operação Eleições 2022 do segundo turno, que combate crimes eleitorais. A pasta disse que a medida seria em cumprimento à decisão do TSE.
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