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    Decisão

    Eduardo Bolsonaro afirma que não vai renunciar ao mandato e desafia STF

    Licença do parlamentar, que está nos EUA, termina neste domingo

    Publicado 20/07/2025 às 14:29 | Autor: Enfoco
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    Eduardo é investigado por supostamente articular, junto ao governo norte-americano, medidas de retaliação contra o Brasil
    Eduardo é investigado por supostamente articular, junto ao governo norte-americano, medidas de retaliação contra o Brasil |  Foto: Agêmcia Brasil

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não pretende renunciar ao cargo, mesmo após o fim de sua licença de 120 dias da Câmara dos Deputados. Em live transmitida nas redes sociais, o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse estar confiante de que poderá “levar o mandato” por pelo menos mais três meses, mesmo com o risco de cassação por faltas.

    "Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses", declarou Eduardo, que deixou o Brasil em março alegando perseguição política e fixou residência nos Estados Unidos.

    Segundo o Regimento Interno da Câmara, o prazo de licença termina neste domingo. Com o não retorno, o deputado pode ter o mandato cassado por faltas. Ainda assim, Eduardo mantém o tom desafiador e voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por investigações que envolvem sua atuação.

    Eduardo é investigado por supostamente articular, junto ao governo norte-americano, medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também apontou tentativas do deputado de interferir no andamento da ação penal no Supremo que trata da tentativa de golpe de Estado em 2022, trama na qual seu pai é um dos principais réus.

    Durante a live, Eduardo ironizou a decisão do governo do ex-presidente Donald Trump que suspendeu os vistos de ministros da Suprema Corte brasileira e afirmou que Moraes tem utilizado suas postagens nas redes sociais como prova.

    "O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto", provocou.

    O deputado também reiterou sua defesa pela anistia de Jair Bolsonaro e afirmou que está “disposto a ir às últimas consequências”.

    “É para entender que não haverá recuo. Não é jogar não para ver se depois dá certo, achar um meio-termo. Não estou aqui para isso", disse, em tom enfático.

    Na última sexta-feira (18), no mesmo inquérito em que Eduardo é investigado, Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal. O ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa entre 19h e 6h. As medidas foram determinadas por Moraes, após a PGR apontar risco de fuga.

    Jair Bolsonaro será julgado em setembro pelo STF, acusado de liderar uma tentativa de golpe para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022.

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