Determinação

Juíza manda soltar torcedor do Flamengo suspeito de matar jovem

Segundo a magistrada, a garrafa foi atirada por outra pessoa

Leonardo Felipe foi preso após confusão entre flamenguistas e palmeirenses, suspeito de matar torcedora
Leonardo Felipe foi preso após confusão entre flamenguistas e palmeirenses, suspeito de matar torcedora |  Foto: Reprodução/Enfoco

A juíza Marcela Raia de Sant’Anna, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, decretou nesta quarta-feira (12) a soltura de Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo de 26 anos. O suspeito estava preso desde o último sábado (8), após supostamente ter jogado uma garrafa que teria atingido e causado a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras. O pedido foi feito pelo Ministério Público e acolhido pela magistrada.

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A decisão também determinou que as investigações continuem sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), e não mais da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade).

Na decisão, a magistrada concordou com a afirmação do MPSP de que não é possível identificar com certeza quem arremessou o objeto apenas pelas imagens da briga que ocorreu nas proximidades do Allianz Parque. Portanto, Leonardo foi apontado como o responsável por jogar a garrafa, embora os vídeos mostrem outro homem segurando a garrafa de vidro.

Leonardo Felipe estava detido desde sábado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista.

Os advogados do jovem, Renan Bohus e Thiago Huber, afirmaram nesta tarde que ele estava envolvido na briga, mas que havia arremessado pedras de gelo na torcida rival, não uma garrafa de vidro, e que nas imagens ele não aparece com o objeto nas mãos. Além disso, a defesa argumenta que a prisão de Leonardo foi baseada em depoimentos de testemunhas, mas apenas torcedores palmeirenses foram ouvidos, sem nenhum depoimento de torcedores do Flamengo.

“Houve de fato um arremesso, mas não se deve validar o depoimento das testemunhas. Inclusive a gente vai pedir que essas pessoas não sejam ouvidas como testemunhas, mas como informantes, porque são torcedores do Palmeiras e morreu uma palmeirense. Você quer a justiça então aponta a qualquer torcedor rival”, destacou Huber.

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