Investigação
Nova perícia em celular pode indicar crime por motivo político
Caso envolve o bolsonarista que assassinou um tesoureiro do PT
A Polícia Civil do Paraná, através da delegada Camila Cecconello, havia descartado a possibilidade do assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, por Jorge Guaranhos, policial penal federal, ter tido motivação política. No entanto, uma perícia será feita no celular do autor do crime e pode trazer novos elementos à investigação.
Depois de ter afirmado que o inquérito que investigava as motivações do crime havia sido concluído, Camila foi alvo de críticas por conta da conclusão. Em entrevista à Globo News, a delegada falou sobre o novo passo da investigação.
''A primeira providência que nós tomamos foi solicitar e foi tentar descobrir quem estava na posse desse celular, e imediatamente representamos pela apreensão do celular e pela autorização para acesso. E extração dos conteúdos desse celular é importante sim, porque no celular muitas vezes o autor pode ter comentado que ia fazer, pode ter dado alguma opinião. Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação'', declarou.
O prazo para a entrega das conclusões do inquérito vai até a próxima terça-feira (19). A delegada falou sobre a urgência para entregar os documentos. Jorge foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por oferecer perigo coletivo.
“Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento do prazo pode acarretar a soltura desse suspeito, do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e claro aguardar”, acrescentou.
O crime
Durante comemoração de sua festa de aniversário, Marcelo Arruda, guarda municipal e candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi morto a tiros, aos 50 anos, na madrugada deste domingo (10), em Foz do Iguaçu (PR), pelo policial penal federal Jorge Guaranhos. Saiba os detalhes.
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