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    Caso MEC

    Pastor preso pela PF ameaça: 'Vou destruir todo mundo"

    Moura é investigado por pedir proprina em troca de recursos

    Publicado 25/06/2022 às 12:17 | Atualizado em 25/06/2022 às 14:08 | Autor: Manuela Carvalho
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    Ele fez ameaças caso a situação respingue em seus familiares
    Ele fez ameaças caso a situação respingue em seus familiares |  Foto: MEC

    O pastor Arilton Moura, preso durante a Operação Acesso Pago, que investiga a liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC) para municípios em troca de propina, fez ameaças caso a situação respingue em seus familiares.

    Em uma conversa com seu advogado, Moura pede que tranquilizem sua esposa e cita uma ameaça logo em seguida ao se referir a sua 'menininha'.

    "Eu preciso que você ligue para a minha esposa... Acalme minha esposa... Se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo", diz o pastor.

    O sigilo bancário da filha do pastor, Victoria Camacy Amorim Correia Bartolomeu, foi quebrado devido a uma ordem judicial. Ela havia comprado um carro que foi registrado no nome da mulher de Milton Ribeiro, ex-ministro da educação e também investigado na operação. O valor do veículo foi de R$50 mil.

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    Após as declarações do pastor, o delegado federal Bruno Calandrini, responsável por comandar as investigações, afirma que Moura 'possivelmente possui informações sobre os crimes aqui investigados, motivo pelo o qual faz essa ameaça'.

    Moura foi preso junto com outro pastor, o Gilmar Santos, e com o ex-ministro da educação Milton Ribeiro, nesta quarta-feira (22). Os pastores têm 45 registros de entrada no palácio do planalto, entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022. 

    De acordo com um empresário ouvido pela Controladoria-Geral da União (CGU), Moura pediu cerca de R$100 mil para conduzir um evento do Ministério da Educação para Piracicaba, em São Paulo.

    Ambos os pastores não possuíam cargo no MEC, e são acusados de montar um 'balcão de negócios', onde propinas eram cobradas a prefeitos em troca da liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre os pedidos dos investigados estavam ouro e diversos favores. 

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