Mistério

PF detém homens em caso de sumiço de indigenista e jornalista

Dupla foi levada para esclarecimentos

Ambos estão desaparecidos desde esse domingo (5).
Ambos estão desaparecidos desde esse domingo (5). |  Foto: Reprodução Redes Sociais
  

Policiais federais detiveram dois homens para esclarecimentos no caso do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Funai, e do jornalista inglês, Dom Philips, colaborador do The Guardian, na noite desta segunda-feira (6). Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), ambos receberam ameaças nos últimos dias por causa do trabalho realizado contra invasores, garimpeiros e pescadores da região. 

A dupla da região foi levada pelos agentes para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ao g1, a polícia informou que não se tratam de suspeitos, mas testemunhas e que foram os últimos a ver os desaparecidos. Eles foram identificados como 'Churrasco' e 'Jâneo' e foram levados para a cidade de Atalaia do Norte. 

Segundo a polícia, Bruno tinha uma reunião agendada com 'Churrasco' sobre invasões aos territórios indígenas.

Araújo compareceu ao local marcado acompanhado do jornalista na comunidade de São Rafael, no Vale do Javari, mas o homem suspeito pela polícia, não esteve no local combinado. A dupla, então, seguiu para Atalaia, e não foram mais vistos. 

A informação sobre o desaparecimento foi confirmada pela Univaja. A dupla sumiu no trajeto entre a comunidade São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. De acordo com o órgão, Bruno e Dom pararam na comunidade com o objetivo de conversar com o líder, identificado como "churrasco", para consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas.

Após o encontro, a família dos dois não tiveram mais notícias sobre seus paradeiros. Bruno é considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e conhece bem a região da Amazônia. O brasileiro foi Coordenador da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos.

O jornalista Dom Phillips mora no Brasil desde 2007. O repórter já trabalhou em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, local atual de sua moradia. Através de nota, o jornal The Guardian informou que já entrou em contato com a Embaixada Britânica no Brasil em busca de informações sobre o paradeiro do funcionário.

“O Guardian está muito preocupado e busca urgentemente informações sobre o paradeiro e a condição de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível", publicaram. 

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