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    PGR pede condenação de Bolsonaro: veja os próximos passos

    Outros sete são apontados como integrantes de 'núcleo' de golpe

    Publicado 15/07/2025 às 8:28 | Autor: Enfoco
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    Bolsonaro é apontado como 'líder do grupo'
    Bolsonaro é apontado como 'líder do grupo' |  Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil/ Arquivo

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), no fim da noite desta segunda-feira (14), a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete investigados apontados como integrantes do núcleo central de uma tentativa de golpe de Estado.

    O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes por volta das 23h45 e integra as alegações finais do processo, última etapa antes do julgamento, previsto para ocorrer em setembro deste ano.

    Com 517 páginas, o documento é assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e atribui aos réus os crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça; deterioração de patrimônio tombado. 

    Somadas, as penas máximas ultrapassam 30 anos de prisão. Além de Bolsonaro, a PGR pediu a condenação de:

    - Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro da Defesa, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022;

    - Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

    - Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

    - Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;

    - Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;

    - Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;

    - Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal.

    Em caso de condenação, Mauro Cid poderá ter a pena suspensa, conforme os termos do acordo de delação homologado no curso das investigações.

    Bolsonaro como líder do grupo

    Na manifestação enviada ao STF, o procurador-geral aponta Jair Bolsonaro como o líder da organização criminosa, afirmando que ele foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações voltadas à tentativa de ruptura institucional após o resultado das eleições presidenciais de 2022.

    Segundo Paulo Gonet, o ex-presidente usou a estrutura do Estado para atacar instituições e o processo eleitoral.

    “Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, afirma o documento.

    Próximas etapas

    Com a entrega das alegações finais pela PGR, inicia-se o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid apresente sua manifestação ao STF. Em seguida, os demais réus terão igual período para protocolar suas alegações.

    Após o recebimento de todas as defesas, caberá à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal marcar a data do julgamento, que deve ocorrer em setembro deste ano, segundo expectativa nos bastidores da Corte.

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