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    Não resistiu

    Urgente! Niteroiense morre à espera de socorro no vulcão

    Juliana Marins foi encontrada sem vida nesta terça (24)

    Publicado 24/06/2025 às 11:11 | Atualizado em 24/06/2025 às 12:15 | Autor: Tayná Ferreira
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    Juliana está em viagem pela região desde fevereiro e já passou por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã
    Juliana está em viagem pela região desde fevereiro e já passou por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã |  Foto: Reprodução/ Redes Sociais

    O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrado nesta terça-feira (24). A jovem não resistiu e faleceu no local onde aguardava socorro desde o último sábado (21), quando caiu em um penhasco na trilha rumo ao cume do Monte Rinjani, na Indonésia.

    Segundo a irmã de Juliana, Mariana Marins, por meio das redes sociais, a equipe de resgate conseguiu localizar o local onde a jovem estava e confirmou seu falecimento. "Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu", disse Mariana. Durante o comunicado sobre a morte da jovem, o pai dela, Manoel Marins, ainda estava em voo rumo à Indonésia.

    No quarto dia de operações, as equipes de resgate montaram um acampamento avançado nas proximidades do local onde Juliana foi localizada, dentro do parque nacional. Nesta segunda-feira (23), um drone utilizado pelas equipes de resgate conseguiu localizar Juliana, que estava imóvel cerca de 500 metros abaixo do penhasco.

    Já nesta terça-feira, com a retomada das buscas, os socorristas constataram que ela havia deslizado ainda mais, sendo encontrada a aproximadamente 650 metros da trilha.

    O acidente

    A tragédia ocorreu na noite de sexta-feira (20), por volta das 19h (horário de Brasília), o que corresponde às 5h da manhã de sábado (21) no horário local. As equipes de resgate foram acionadas e chegaram à região às 4h30 (horário de Brasília), ou 14h30 no horário da Indonésia. No entanto, as condições do terreno dificultaram o acesso ao local onde Juliana se encontrava, e os socorristas ainda não haviam conseguido alcançá-la.

    Inicialmente, esperava-se que uma equipe de montanhistas chegasse por volta das 9h (horário de Brasília), mas a família foi informada de que o resgate ainda levaria pelo menos mais duas horas.

    Segundo familiares da jovem, a princípio, ela caiu por uma extensão de mais de 300 metros em um trecho íngreme da montanha, em uma área de difícil acesso, onde, conforme informado pela família, não há possibilidade de resgate por helicóptero. Juliana fazia parte de um grupo que realizava uma trilha guiada no local.

    A trilha estava prevista para durar de 20 a 22 de junho, totalizando três dias e duas noites. Desde fevereiro deste ano, Juliana está em uma viagem mochilão pela região, tendo passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã.

    Após o acidente, Juliana não conseguiu contatar a família diretamente devido à falta de sinal. As informações chegaram ao Brasil por meio de um grupo de turistas que também realizava a trilha e conseguiu entrar em contato com pessoas próximas à jovem utilizando uma rede social. Eles enviaram mensagens para diversos contatos após encontrarem o perfil dela.

    Por meio de drone, também foram captadas imagens que mostram Juliana aparentemente assustada, mas consciente. Esses vídeos foram encaminhados à família via WhatsApp, ajudando a confirmar sua identidade.

    “Aqui, ela está sem sinal de celular, porque o pacote de internet contratado não funciona naquela região”, explicou Mariana. “Eu fiquei sabendo pelo Instagram.”

    Localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto do país, com 3.726 metros de altitude. Imponente e ainda ativo, o vulcão é um dos principais pontos turísticos da região, especialmente entre os amantes de trilhas e montanhismo.

    Monte Rinjani

    O Rinjani integra o Parque Nacional Gunung Rinjani, uma área de preservação ambiental que abriga florestas tropicais, fauna nativa e formações geológicas impressionantes. No interior de sua cratera se encontra o lago Segara Anak, de águas azul-turquesa, considerado sagrado por comunidades locais. No centro do lago há ainda um cone vulcânico secundário, o Gunung Baru Jari, responsável por atividades eruptivas recentes.

    Apesar de menos conhecido que outros destinos indonésios, como Bali ou o Monte Bromo, o Rinjani tem ganhado popularidade entre turistas mais aventureiros. A subida ao cume, no entanto, é considerada uma das mais exigentes do arquipélago. O trajeto, que pode levar de dois a quatro dias, apresenta terrenos íngremes, solo arenoso e clima instável, exigindo bom preparo físico e acompanhamento profissional.

    A trilha é, ao mesmo tempo, desafiadora e recompensadora. Quem alcança o topo é presenteado com uma vista panorâmica das ilhas vizinhas e do mar que cerca o arquipélago. Por suas características únicas, o Monte Rinjani tem se consolidado como um destino de alto risco e alta recompensa para quem busca experiências intensas em meio à natureza indonésia.

    Quem era Juliana

    Juliana Marins, nascida em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também se dedica ao pole dance. Desde fevereiro, ela estava em uma viagem de mochilão pela Ásia, tendo visitado países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

    Imagem ilustrativa da imagem Urgente! Niteroiense morre à espera de socorro no vulcão
    |  Foto: Reprodução/ Redes Sociais

    Durante a jornada, Juliana compartilhava momentos da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores.

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    Tayná Ferreira

    Tayná Ferreira

    Repórter sob Supervisão

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