Cidades
Covid-19: mapa mostra 75% da população fluminense em bandeira vermelha
A nova edição do Mapa de Risco da Covid-19 mostra que as Regiões Metropolitana I e II e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro passam a ser classificadas em alto risco para a doença, caracterizado pela bandeira vermelha. Nessas regiões vivem 75% da população fluminense.
O estado passa da bandeira amarela, de baixo risco, para a bandeira laranja, de risco moderado. As Regiões Baía da Ilha Grande, Baixada Litorânea e Serrana, que juntas concentram 12% da população do estado, estão também classificadas em risco moderado.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) executa um pacote de medidas para enfrentamento à pandemia. Atualmente há 230 leitos de UTI e 206 de enfermaria, um total de 436 leitos na rede estadual dedicados ao tratamento da doença, e há previsão de abertura de novos, gradativamente.
A SES deu início no último dia 4 ao programa de ampliação de testagem por RT-PCR, com abertura de três centros para diagnóstico precoce, onde estão sendo oferecidos 1.500 testes por dia.
Até esta quarta-feira (9) já haviam sido realizados 4.183 testes de RT-PCR nas unidades. O programa é complementar à testagem de RT-PCR que já vem sendo realizada em unidades municipais de saúde e coordenada pela Secretaria.
Desde o início da pandemia já foram realizados mais de 298 mil testes. Só em novembro foram mais de 90 mil exames, caracterizando um aumento de 74% em relação a outubro, em parceria entre a SES, COSEMS e Fiocruz. A Secretaria também repassou verbas de cofinanciamento aos municípios fluminenses para ações de combate à Covid-19, inclusive contemplando as parcelas em atraso.
As demais regiões do Rio de Janeiro, Médio Paraíba, Centro-Sul e Norte, estão classificadas em baixo risco, simbolizado pela bandeira amarela. A décima primeira edição do Mapa foi divulgada nesta quinta-feira (10) pela Subsecretaria Extraordinária de Covid-19 e compara as Semanas Epidemiológicas 47 (15 a 21 de novembro) e 45 (1 a 7 de novembro).
Na edição anterior do Mapa, divulgada em 27 de novembro, apenas a Região Metropolitana II apresentava alto risco (bandeira vermelha) e Metropolitana I, Baía da Ilha Grande e Médio Paraíba apresentavam risco moderado, com bandeira laranja. O restante estava classificado em amarelo, baixo risco para a Covid-19.
Indicadores
A taxa de positividade da doença no Rio de Janeiro aumentou de 24,47%, na análise anterior, para 37,63%. O estado teve uma diminuição de 3,14% no número de óbitos, mas os casos aumentaram 20,77% no período analisado.
A taxa de ocupação de leitos de UTI destinados aos pacientes da Covid chegou a 73,36%, e a de leitos de enfermaria, 62,5%. A previsão de esgotamento de leitos de UTI, que antes era de 30 dias, reduziu para 19 dias. Esses são os seis indicadores usados no cálculo para a classificação.
A Região Noroeste foi onde o número de casos teve o aumento mais expressivo: 166,67%.
Na Região Serrana, o aumento do número de óbitos foi de 50%. A taxa de positividade das regiões do estado foi o indicador que mais apontou para a classificação vermelha. Em todas elas, ficou acima de 28,34%. Na Baía da Ilha Grande, chegou a 41,43%, mantendo a região com o maior índice do estado, conforme análise anterior.
A maior taxa de ocupação de leitos de UTI está na Região Noroeste: 86,67%. Nos leitos de enfermaria, a maior ocupação é da Região Metropolitana I, 79,21%. É nela também onde está o menor tempo previsto para esgotamento de leitos de UTI: 9 dias.
Medidas de distanciamento
A classificação em bandeira vermelha indica que, além das medidas da bandeira laranja, deve-se suspender as atividades econômicas não essenciais definidas pelo território, avaliando cada uma delas; e definir horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomerações nos sistemas de transporte público.
A bandeira laranja é indicação de que precisam ser cumpridas todas as medidas de distanciamento social já adotadas na bandeira amarela, além das medidas adicionais, entre elas:
- Suspensão de atividades escolares presenciais;
- Proibição de qualquer evento com aglomeração, conforme avaliação local;
- Adoção de distanciamento social no ambiente de trabalho, conforme avaliação local;
- Avaliação da suspensão de atividades econômicas não essenciais, com limite de acesso e tempo de uso dos clientes, conforme o risco no território;
- Avaliação da adequação de horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomerações nos sistemas de transporte público.
Cada bandeira representa um nível de risco e um respectivo conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).
São Gonçalo
De acordo com o boletim atualizado da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade de São Gonçalo registrou dez óbitos em decorrência do novo coronavírus (Covid-19), nesta quinta-feira (10), chegando a 833 no total.
Até o momento, São Gonçalo contabiliza 25.557 casos confirmados, 24.213 curados, 85 hospitalizados na Rede Pública Municipal de Saúde, 426 em quarentena domiciliar, 833 óbitos confirmados e 63 óbitos em investigação.
O aumento do número de óbitos em investigação se deve ao recolhimento das declarações de óbito junto aos cartórios.
Maricá
Maricá registra, até esta quinta-feira (10), 5.199 casos confirmados e 161 óbitos por Covid. Estão curadas da doença 4.903 pessoas e há no momento 135 casos ativos, além de 30 óbitos em análise pela Secretaria de Estado de Saúde.
Estado
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que registra, até esta quinta-feira (10), 381.644 casos confirmados e 23.546 óbitos por coronavírus (Covid-19) no estado. Há ainda 413 óbitos em investigação e 2.392 foram descartados. Entre os casos confirmados, 350.334 pacientes se recuperaram da doença.
A SES esclarece que os 116 óbitos registrados nesta quinta-feira não aconteceram todos hoje; ocorreram entre as semanas epidemiológicas 46 a 50.
Niterói
A Câmara de Vereadores de Niterói aprovou nesta quinta-feira (10) o projeto de lei n° 266 /2020 que autoriza o governo municipal a firmar convênio com o Instituto Vital Brasil para apoio técnico, científico e financeiro com o propósito de apoiar as pesquisas em curso naquele centro de pesquisas que objetivam a produção de insumos terapêuticos a serem prescritos em ambiente hospitalar, com o propósito de acelerar a produção de anticorpos em pacientes com Covid 19.
Até a publicação da reportagem, a Secretaria de Saúde de Niterói ainda não havia divulgado boletim epidemiológico atualizado.
Publicada às 20h20
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