Conscientização
Hospital de Niterói aumenta em 85% a captação de órgãos e tecidos
Dado reforça a importância do 'Setembro Verde'

O Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, Niterói, registrou um aumento de 85,3% nas captações de órgãos em 2025, em comparação com o ano anterior. O dado reforça a importância do Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, cuja mobilização ganha destaque neste sábado (27), Dia Mundial da Doação de Órgãos.
De acordo com dados divulgados pelo hospital, de janeiro a agosto de 2025, a unidade realizou 76 captações, no mesmo período de 2024 foram 41. No ano passado, 30 famílias autorizaram a captação dos órgãos e tecidos, contra 55 em 2025.
Segundo o coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Heal, Alexander Moraes, o aumento dos números está diretamente ligado ao papel desempenhado pelas equipes que realizam a abordagem familiar.
“No ambiente hospitalar, onde tantas histórias de dor e luta se entrelaçam, a CIHDOTT se coloca como ponte entre a dor da perda e a esperança de um novo começo. Cada família que, mesmo em meio ao luto, encontra forças para dizer ‘sim’ à doação, transforma sua dor em solidariedade. Esse gesto faz renascer a vida em outros corpos, leva esperança a quem aguardava ansiosamente por um transplante e eterniza a memória de quem partiu”, Moraes.
Em 2024, das 30 famílias que consentiram as doações(somadas morte encefálica e protocolo de coração parado), foram realizadas 41 captações entre coração, rim, fígado, ossos, pele e córneas. E em 2025 foram 55 famílias que autorizaram e um total de 76 captações entre rim, fígado, ossos e córneas.
Segundo Alexander, essa corrente de solidariedade transforma a vida de todos que contribuem para o processo. Cada integrante da CIHDOTT carrega consigo as marcas dessas histórias: a frustração diante de uma negativa, a emoção diante de cada sim, a dor compartilhada com as famílias, e o aprendizado humano que só a vivência próxima ao luto e à esperança podem trazer.
“Esse trabalho envolve não apenas técnica, mas também sensibilidade. É fruto da união de equipes multiprofissionais, que se mobilizam para garantir que cada passo seja feito com dignidade, respeito e amor”, finalizou.


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