Intoxicação por metanol é descartada em paciente de Niterói

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informou nesta segunda-feira (6) que foi descartada a suspeita de intoxicação por metanol em um paciente atendido em Niterói. O resultado dos exames laboratoriais indicou que não houve contaminação pela substância.

Outro caso, registrado em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, continua em análise. A secretaria segue acompanhando a situação e afirma que todas as medidas de vigilância estão sendo adotadas.

Com o aumento das notificações no país, o estado iniciou a compra de kits para tratamento de intoxicações por metanol. A primeira remessa de etanol farmacêutico, enviada pelo Ministério da Saúde, chegou ao Rio nesta segunda e será usada no atendimento a possíveis pacientes contaminados.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil soma 225 casos suspeitos relacionados à ingestão de bebidas adulteradas. Desses, 16 foram confirmados e 209 estão em investigação. Quinze mortes foram notificadas, e 13 ainda aguardam confirmação. A maioria dos registros está em São Paulo, que concentra 14 casos confirmados e 178 suspeitas.

Fiscalização

A Prefeitura do Rio intensificou as ações de fiscalização em bares e restaurantes. Cerca de 150 estabelecimentos foram vistoriados pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) e pela Secretaria de Ordem Pública (Seop).

Oito locais foram interditados total ou parcialmente por irregularidades sanitárias e produtos impróprios para consumo. Outros 22 receberam autos de infração por bebidas e alimentos sem identificação adequada ou em más condições de higiene.

Durante a operação, quatro galões de cachaça e mais de 100 garrafas de bebidas sem procedência foram apreendidos ou inutilizados. Um barril de chope vencido também foi lacrado.

Surto em São Paulo

O surto começou em São Paulo, onde 11 casos foram confirmados. O metanol, substância usada na indústria, pode causar danos graves quando ingerido, como lesões no fígado, cérebro e nervo óptico, podendo levar à cegueira, coma ou morte.

A SES-RJ recomenda que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.