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    Dossiê Duas Rodas

    Relato de um sobrevivente: ao escapar da morte 2 vezes, motociclista desabafa

    Sonho de ter uma moto quase vira tragédia para vigilante

    Publicado 21/10/2025 às 7:27 | Atualizado em 21/10/2025 às 7:38 | Autor: Tayná Ferreira
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    O último acidente sofrido pelo motociclista, na RJ-104
    O último acidente sofrido pelo motociclista, na RJ-104 |  Foto: Enfoco

    A RJ-104, importante ligação entre Niterói e São Gonçalo, tem se tornado sinônimo de perigo para quem se desloca de moto. Foi no trecho da rodovia na altura do Caramujo que o vigilante Wesley Paulo dos Santos, de 31 anos, sofreu o segundo acidente de motocicleta em apenas três meses. O mais recente aconteceu em um domingo de manhã, quando o tráfego estava tranquilo. E, justamente por isso, ele não imaginava o que viria pela frente.

    “Achei que seria um trajeto normal. Mas um carro atravessou a pista e fechou a van que seguia sentido Niterói. O motorista tentou desviar, eu bati na traseira da van e fui arremessado. Quando percebi que estava vivo, agradeci a Deus no mesmo instante”, relata Wesley.

    A colisão foi tão forte que, segundo ele, testemunhas acreditaram que ele havia morrido no local.

    Aspas da citação
    A enfermeira que passava pelo local, a caminho do hospital onde eu seria internado, acabou me atendendo. Depois, ela me mostrou um áudio de pessoas dizendo que eu estava morto. Isso me abalou
    Wesley Santos motociclista
    Aspas da citação

    O acidente deixou marcas profundas. Wesley precisou passar por cirurgia e agora faz fisioterapia para recuperar os movimentos da mão e do pulso, que fraturou. Está afastado do trabalho e aguarda a aprovação do INSS para seguir com o tratamento. Mas além das lesões físicas, ele enfrenta também o medo de voltar à rotina sobre duas rodas.

    “Vou te falar a real: estou com certo receio. O que me deixa triste é que trabalhei muito para ter minha moto. Antes mesmo de comprá-la, eu passava horas pesquisando sobre ela na internet. Agora, penso em vendê-la. Ela está parada, cheia de poeira e com peças quebradas.”

    A motocicleta, que representava independência e conquista, agora virou símbolo de um trauma ainda recente. Mesmo assim, Wesley tenta transformar sua experiência em um alerta.

    “Depois do acidente, percebi que as pessoas estão muito dispersas no trânsito. Então, eu espero qualquer coisa de quem está ao meu redor. A mensagem que deixo é: entregue sua vida a Jesus todos os dias antes de sair para trabalhar e esteja atento a tudo e a todos. E, para os motoristas de carro, peço: tenham mais atenção.”

    Tayná Ferreira

    Tayná Ferreira

    Repórter sob Supervisão

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