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    Impedida

    Barrada em trio, vereadora de Niterói aponta transfobia em ato político

    Benny Briolly explicou o motivo de não ter discursado

    Publicado 22/09/2025 às 8:12 | Autor: Enfoco
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    A vereadora de Niterói, Benny Briolly (PSOL), denunciou neste domingo (21) que foi impedida de subir ao trio elétrico durante a manifestação contra a PEC da Blindagem e a anistia a condenados por golpe de Estado, realizada na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio.

    O ato reuniu milhares de pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP (Universidade de São Paulo), cerca de 41,8 mil manifestantes ocuparam a orla de Copacabana com gritos de “Sem Anistia” e “Viva a Democracia”.

    O protesto foi marcado por discursos políticos e apresentações musicais de grandes nomes da MPB como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola e Djavan.

    A mobilização foi uma resposta à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados no dia 16 de setembro. A medida limita a possibilidade de abertura de processos criminais contra parlamentares, exigindo autorização das casas legislativas, o que foi amplamente criticado por manifestantes e especialistas como um retrocesso democrático. Além disso, o ato repudiou tentativas de anistiar envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e aliados.

    Em meio a essa manifestação histórica pela democracia, Benny Briolly relatou que foi a única parlamentar impedida de subir ao trio elétrico, onde lideranças políticas discursavam. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela aparece sendo barrada enquanto tenta subir as escadas do veículo. Visivelmente abalada, afirma que “travesti preta não pode subir”.

    Em seu desabafo, a vereadora afirmou que ser uma travesti na política "é resistir ao expurgo constante", e que situações como essa tocam feridas profundas e comuns à população trans e preta no Brasil. Segundo ela, a justificativa para o bloqueio não foi clara, apenas lhe disseram que “receberam ordens" para impedir sua subida.

    "Todo mundo subindo e a travesti preta não pode subir. Aí chega aqui e vejo a esquerda reproduzindo o mesmo processo bizarro institucional que a direita reproduz, que é destruir o nosso corpo preto, que é destruir o nosso corpo travesti. É isso que acontece! Não adianta, enquanto não houver unidade na esquerda, a gente não vai avançar nesse país", afirmou.

    Benny reforçou que LGBTQIAPN+, especialmente pessoas trans, seguem enfrentando humilhações, bloqueios e expulsões cotidianas.

    "Por isso, recolhi-me e fiz o que sempre faço: fiquei onde sou querida, que é junto do meu povo. Das ruas, da minha gente [...] Fiquei aqui embaixo, na rua, porque sei que aqui sou querida, sou abraçada".

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