Carnavalesca da Mocidade morre no Rio aos 64 anos

Morreu na manhã deste domingo (19), no Rio de Janeiro, a carnavalesca da Mocidade Independente de Padre Miguel, Márcia Lage, de 64 anos, vítima de leucemia. Reconhecida como um dos grandes nomes do carnaval carioca, Márcia estava à frente da agremiação ao lado de seu marido e parceiro de trabalho, Renato Lage.

A escola, profundamente abalada, fez uma publicação nas redes sociais declarando luto oficial. "Márcia colocou o seu talento a serviço da Mocidade por diversos carnavais. Comunicamos o luto e a suspensão das nossas atividades sociais por tempo indeterminado", diz a nota no Instagram.

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Não foram divulgadas informações sobre o velório e sepultamento da carnavalesca até o momento da publicação desta reportagem.

Legado e conquistas

Márcia Lage foi uma figura marcante no carnaval do Rio, construindo uma carreira sólida ao lado de Renato Lage. Juntos, conquistaram títulos históricos para a Mocidade em 1990, 1991 e 1996, além de serem responsáveis por enredos memoráveis como "O Grande Circo Místico" (2002). Em 2024, retornaram à escola da Zona Oeste para comandar o carnaval verde e branco mais uma vez.

Homenagens emocionadas

O intérprete da escola, Zé Paulo Sierra, usou as redes sociais para prestar uma emocionante homenagem à carnavalesca. "Descanse em paz, Márcia. Seguiremos honrando seu trabalho todos os dias, e até o desfile faremos muito mais por você. Que Deus te receba na luz e conforte nossos corações", disse Sierra.

A rainha de bateria da Mocidade, Fabíola de Andrade, também lamentou a perda. "Sua partida deixa um vazio profundo em nossos corações, mas sua luz e legado permanecerão eternamente em nossas memórias. Que sua jornada seja de paz, e que possamos continuar a honrar sua vida com amor e gratidão", publicou Fabíola.

Nota do governador

O governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou a morte de Márcia, ressaltando sua "grandiosidade e brilhantismo" no Carnaval da cidade.

"Sua criatividade e talento deixaram um legado inesquecível nos desfiles e nas nossas tradições. Seu trabalho faz parte da história cultural do nosso estado e continuará vivo nas memórias de todos que amam o Carnaval".