Justiça
Caso Marielle: MPRJ pede penas maiores para Lessa e Queiroz
Pedido será analisado pelo Tribunal do Júri
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou, nesta sexta-feira (6), com uma apelação para aumentar as penas de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, condenados pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O recurso foi apresentado pela Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO), responsável por acompanhar o caso.
O MPRJ pede que as penas cheguem ao máximo permitido: 30 anos para cada homicídio, de Marielle e Anderson, e mais 20 anos pela tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora que escapou do ataque. Além disso, quer mais dois anos pela receptação do carro usado no crime, totalizando 82 anos de prisão para cada réu.
Lessa e Élcio já haviam sido condenados, em 31 de outubro, a 78 anos e 59 anos de prisão, respectivamente, além de uma indenização de R$ 706 mil às famílias das vítimas. No entanto, o MPRJ argumenta que a sentença inicial não considerou aspectos como o impacto internacional do caso, o planejamento meticuloso e o uso de armamento especial, como uma arma com silenciador, durante o crime.
No recurso, a Força-Tarefa reforçou que o crime foi planejado como uma emboscada, com destruição de provas após a execução, e destacou como o assassinato repercutiu mundialmente, prejudicando a imagem do Brasil.
Os promotores defendem que a gravidade do caso exige uma reavaliação das penas aplicadas, especialmente em relação à tentativa de homicídio contra a assessora e à receptação do veículo usado na ação.
Agora, o pedido será analisado pelo Tribunal do Júri, que decidirá se as penas serão revisadas.
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