Fiscalização
Operação interdita veículos e restaurantes no Rio
Ação aconteceu nos aeroportos e na rodoviária da cidade

A volta das férias terminou com uma blitz pesada nas ruas do Rio. Na manhã desta quinta-feira (31), uma operação conjunta flagrou uma série de irregularidades em transportes e estabelecimentos comerciais. Ônibus clandestinos, carros de aplicativo com GNV vencido, táxis com documentação irregular e até comida estragada em lanchonetes foram alvo da terceira fase da Operação Fim de Férias.
Coordenada pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor, a ação envolveu agentes do Procon-RJ e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e aconteceu em vários pontos da cidade, incluindo a Urca, a Rodoviária do Rio e os aeroportos Santos Dumont e Galeão.
Ônibus disfarçados de fretamento
Na Urca, um dos lugares mais movimentados por turistas, fiscais abordaram ônibus que vendiam passagens individuais por plataformas digitais. O problema? Esses veículos só têm permissão para fazer fretamento turístico, ou seja, viagens em grupo com destino e horários previamente definidos. Mas, na prática, estavam operando como se fossem linhas regulares o que é ilegal.
Dos quatro coletivos fiscalizados, um foi interditado por estar com a cadeira de acessibilidade quebrada. Outro foi multado por circular com o triângulo de segurança danificado.
“Essas empresas pedem licença para fazer fretamento, mas estão vendendo passagem como se fossem uma empresa comum de ônibus. Isso engana o consumidor e coloca a segurança das pessoas em risco”, alertou o secretário estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca.
Rodoviária do Rio
Na Rodoviária do Rio, no Santo Cristo, um ônibus foi interditado por apresentar uma série de problemas: vidro quebrado, extintor vencido e cadeira de acessibilidade danificada.
E as irregularidades não pararam por aí. Restaurantes, cafés e lanchonetes do terminal também foram fiscalizados. Os agentes encontraram comida vencida e condições de higiene precárias. Todos os produtos impróprios foram descartados.
Aeroportos também foram alvo
A operação também passou pelos dois principais aeroportos do Rio. Em dois dias de blitz, 23 veículos foram interditados: oito táxis e 15 carros de aplicativo. A maioria deles estava com a documentação do sistema de Gás Natural Veicular (GNV) vencida algo que representa risco de explosão e acidentes graves, especialmente em locais como postos de gasolina.
“Mais da metade dos veículos com GNV no estado estão irregulares. Isso coloca passageiros, motoristas e até frentistas em perigo. Vamos cobrar explicações das plataformas Uber e 99 sobre como eles verificam a documentação dos motoristas”, afirmou Fonseca.
Ainda durante a fiscalização nos aeroportos, os agentes identificaram uma balança de check-in com defeito no visor algo que pode prejudicar o consumidor na hora de pesar a bagagem. Os fiscais lembram que, nesses casos, o passageiro tem o direito de pedir que a mala seja pesada em outro equipamento.
A operação faz parte de um esforço para combater abusos contra o consumidor e garantir que serviços de transporte e alimentação oferecidos à população e aos turistas estejam dentro das regras. Os órgãos envolvidos prometem manter a fiscalização frequente, principalmente em períodos de grande movimentação como feriados e férias escolares.


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