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Rodoviários sinalizam greve de ônibus em Niterói, São Gonçalo e Maricá

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|  Foto: Foto: Vítor Soares
Categoria reinvindica reajuste salarial, que não ocorre há dois anos. Foto: Vítor Soares

Sem acordo de reajuste salarial, o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), atravrés do presidente Rubens dos Santos Oliveira, acenou, nesta terça-feira (28), segundo dia de assembleias da categoria, para a possibilidade de greve de ônibus em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá. Desde junho a categoria alerta para tentativas de negociações com as empresas.

A greve estaria vinculada à insistente negativa dos empresários em concederem qualquer percentual de aumento salarial. Segundo o Sintronac, os trabalhadores estão sem reajuste há dois anos. Os donos das empresas de ônibus têm até 1º de novembro para retomar o diálogo com os rodoviários.

Para Rubens, as empresas têm condições de promover o reajuste, pois adotaram várias medidas de contenção de despesas para enfrentar a pandemia. Desde março do ano passado, por exemplo, as companhias cortaram 30% do pessoal, algo em torno de 3,9 mil profissionais, e reduziram a frota em até 50%.

“Houve drástico corte nos custos das empresas, que, inclusive, demitiram rodoviários. Não há justificativa para o trabalhador pagar uma conta que não é dele. Sem reajuste não dá, pois entraremos no terceiro ano de perdas salariais irreversíveis"

Proposta

Nesta terça-feira, 124 rodoviários das empresas Auto Ônibus Alcântara S.A, Icaraí Auto Transportes S.A, Auto Viação ABC S.A e Viação Mauá S.A aprovaram a proposta de reajuste salarial de 10%; aumento de 20% nas demais cláusulas econômicas do contrato de trabalho; R$ 400,00 para o valor da cesta básica; comissão de 2% para os motoristas que acumulem a função com a de cobradores; e instalação de cofres nos pontos finais de maior circulação para que volumosas quantias em dinheiro não sejam transportadas pelos trabalhadores.

Nos dois dias de assembleias, 236 trabalhadores apoiaram a proposta e 87 votaram em indicativos rejeitados pela maioria.

Nesta quarta, é a vez dos funcionários da Transturismo Rio Minho LTDA, Expresso Tanguá LTDA, Auto Viação Tanguaense LTDA, Auto Ônibus Fagundes LTDA, Expresso Rio de Janeiro LTDA e Rio Ita LTDA, participarem das deliberações. Os funcionários foram divididos em grupos para evitar aglomerações.

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