Transplante
Coração de criança de 7 anos é captado para doação em São Gonçalo
Família também permitiu retirada de córneas e fígado

A solidariedade da família de uma menina de apenas sete anos permitiu, nesta quarta-feira (16), a captação de mais um coração para transplante no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A ação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), por meio do programa RJ Transplantes, e contou com apoio logístico da Superintendência de Operações Aéreas (SOAer), responsável pelo transporte do órgão por helicóptero.
Este é o quarto coração captado este ano na unidade hospitalar e o segundo em um intervalo de apenas um mês. A doação foi autorizada pela família da criança após acolhimento e orientação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (Cihdotts) do HEAT, considerada uma das melhores do país.
A criança, uma menina de sete anos, havia sido transferida no dia 12 de julho do Hospital Municipal Salgado Filho, no Rio de Janeiro, para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres, em estado grave. Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu. Após o falecimento, a família recebeu todo o suporte emocional e técnico da comissão, o que levou à nobre decisão de doar seus órgãos.
A captação do coração foi realizada no centro cirúrgico do Centro de Trauma do hospital e envolveu profissionais das equipes de anestesia, enfermagem e instrumentação. Em um procedimento que durou cerca de uma hora e meia, o pequeno coração foi retirado, ainda pulsando, e imediatamente armazenado em solução preservadora para garantir sua viabilidade até a chegada ao receptor. Além do coração, também foram captadas córneas e fígado.
A equipe responsável pela retirada do órgão chegou ao hospital em um veículo do programa RJ Transplantes, enquanto a SOAer providenciava o helicóptero para transporte rápido até a unidade onde o receptor estava preparado. A força-tarefa envolveu precisão e agilidade para assegurar que os órgãos pudessem salvar vidas.



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