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    'Eu quero justiça', diz pai de jovem morto com ácido na veia em clínica de SG

    Familiares compareceram ao IML de Tribobó nesta terça (9)

    Publicado 09/09/2025 às 11:04 | Atualizado em 09/09/2025 às 11:17 | Autor: Tiago Souza
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    Márcio Luiz muito abalado após a morte do filho
    Márcio Luiz muito abalado após a morte do filho |  Foto: Lucas Alvarenga

    O clima foi de comoção e pedidos de Justiça na manhã desta terça-feira (9), em frente ao Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, onde familiares liberaram o corpo de Bruno Rodrigues Ventura dos Santos, de 29 anos. O entregador morreu na tarde de segunda-feira (8), após passar 18 dias internado em coma, na UTI do Pronto Socorro Central Dr. Armando Gomes de Sá Couto, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo.

    A causa da internação foi uma grave complicação durante uma sessão de hemodiálise realizada na clínica particular Nice Diálise, no bairro São Miguel. Segundo a família, o jovem teria sido contaminado com ácido peracético, substância química usada para higienização de equipamentos médicos, mas que acabou entrando na corrente sanguínea do paciente pela máquina de diálise.

    Abalado, Márcio Luiz relatou que o filho vinha fazendo tratamento no local há mais de um ano e sempre era atendido pela mesma enfermeira. No entanto, no dia do erro médico, outra profissional assumiu o procedimento.

    “Ele se tratava lá há um ano e um mês, sempre foi um tratamento normal. Sempre era a mesma enfermeira que cuidava dele, muito dedicada. Só que nesse dia ela não foi, ou chegou atrasada, não lembro bem, mas quem atendeu foi outra enfermeira, que cuidava de outros pacientes. Foi aí que tudo aconteceu”, afirmou Márcio.

    O pai também detalhou os efeitos devastadores da contaminação.

    Aspas da citação
    Como a parte mais sensível do nosso corpo é o cérebro, o produto químico passou pelo cérebro e fez um estrago gigantesco. Meu filho ficou entubado, não pôde fazer traqueostomia por causa da infecção. Ele resistiu, mas não conseguiu vencer”
    Márcio Luiz pai do Bruno
    Aspas da citação
    Familiares compareceram ao IML de Tribobó na manhã desta terça-feira (9)
    Familiares compareceram ao IML de Tribobó na manhã desta terça-feira (9) |  Foto: Lucas Alvarenga

    O caso, que inicialmente era investigado como lesão corporal, passou a ser tratado como homicídio após a morte de Bruno. Márcio diz já ter acionado todos os órgãos competentes e espera que a Justiça seja feita.

    “Tudo que eu tinha que fazer eu fiz, denúncias, delegacia, órgãos reguladores. Eu tenho certeza que, com a ajuda da imprensa, isso não vai ser esquecido. Eu quero justiça, não por raiva, mas para que não aconteça mais com outras famílias”, desabafou.

    Ao lado do pai, a mãe de Bruno não conseguiu falar com a imprensa, visivelmente abalada.

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    Tiago Souza

    Tiago Souza

    Repórter sob Supervisão

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