O corpo de Lorenzo Dias Palhinhas, de 14 anos, vai ser enterrado neste sábado (29), no Cemitério de Irajá, Zona Norte do Rio. O adolescente morreu após ser baleado no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (27), durante confronto entre a Polícia Rodoviária Federal e criminosos.
O embate foi desencadeado devido a morte do agente da PRF Bruno Vanzan Nunes, durante uma tentativa de assalto na Vila Militar, na Zona Oeste. Ferido por disparos, ele chegou a tentar fugir e caiu do viaduto. Bruno morreu no local. As investigações estão com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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Familiares alegam que Lorenzo foi morto enquanto estava trabalhando para uma lanchonete, por volta das 23h. Eles também afirmam que o disparo que atingiu o jovem na cabeça partiu da arma de um policial, após uma abordagem no Beco do Suede.
"Mais uma vez a polícia vem na nossa comunidade e faz desgraça, dessa vez mataram uma criança, o menino estudava, tiraram o sonho dele. Ele trabalhava para ajudar a família. Eu quero saber se dessa vez vão mandar delegado geral para negociar com a família, ou pelo menos para pedir desculpas. Na comunidade a gente não tem voz. Nós não somos bandidos, somos moradores", disse o vendedor Luiz Antônio da Silva, de 44 anos, conhecido do adolescente.
Já a PRF contesta essa versão, eles alegam que o rapaz tinha envolvimento com o tráfico. Conforme a corporação, Lorenzo teria atirado contra a viatura dos policiais rodoviários federais antes de ser atingido.
"O Lorenzo foi um dos que atirou contra nós. Ele foi baleado, tentamos socorrer ele e levá-lo para o Hospital Carlos Chagas, mas infelizmente ele já chegou morto. Nós não sabíamos que ele era um menor.", disse Marcos Aguiar, chefe da Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro.
O velório está marcado para começar às 13h e o sepultamento às 15h.
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