Rio

Advogado deixa defesa de médico acusado de estuprar paciente

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (11)

Giovanni Quintella Bezerra foi flagrado por enfermeiras e técnicas da unidades que desconfiavam da conduta do médico
Giovanni Quintella Bezerra foi flagrado por enfermeiras e técnicas da unidades que desconfiavam da conduta do médico |  Foto: Reprodução
 

O advogado Hugo Novaes anunciou nesta segunda-feira (11) que deixou a defesa do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, acusado de estuprar uma paciente durante cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, neste domingo (10). 

“Sim, deixei de defender por questões de foro íntimo”, disse Novaes.

Giovanni passou a ser investigado pela Delegacia da Mulher (DEAM) de São João de Meriti, após a equipe da delegada Bárbara Lomba tomar conhecimento de um vídeo, gravado por um celular, que registrou o momento em que o anestesista abusava de uma paciente que estava desacordada durante uma cesariana na mesa de cirurgia.

Segundo a polícia, os integrantes da equipe médica já vinham suspeitando de Giovanni há cerca de um mês, e no domingo após realizarem a segunda cirurgia eles decidiram colocar o aparelho escondido dentro de um armário com a porta de vidro escura. Após registrar o flagrante, a própria delegada na companhia de sua equipe foram até o hospital e prenderam o médico. O médico demonstrou surpresa ao receber voz prisão.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo para expulsar Giovanni nesta segunda-feira (11).

Audiência de custódia

Giovanni foi transferido para o sistema prisional no final da manhã desta segunda-feira (11). Ele saiu da delegacia sem falar com a imprensa. O Tribunal de Justiça do Rio marcou para esta terça-feira (12) a audiência de custódia do investigado. A audiência está marcada para acontecer no período das 13h às 18h.

Quem é o anestesista?

Giovanni Bezerra se formou em 2017 pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), no Sul Fluminense, e concluiu a especialização em anestesia no início de abril. Além do Hospital da Mulher de São João de Meriti, ele atuou em outros nove hospitais públicos e privados.

O médico não é servidor do estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele tem título de especialista em anestesiologia, CRM regular e prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas. As unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações.

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