Denúncias
Aluno de 4 anos é agredido por diretor de creche
Mãe da vítima recebeu o vídeo das agressões
![As agressões ocorreram no ano passado, antes do aluno deixar a instituição, em abril](https://cdn.enfoco.com.br/img/inline/120000/500x400/Aluno-de-4-anos-e-agredido-por-diretor-de-creche0012674500202502111627-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.enfoco.com.br%2Fimg%2Finline%2F120000%2FAluno-de-4-anos-e-agredido-por-diretor-de-creche0012674500202502111627.png%3Fxid%3D612083&xid=612083)
Um menino de 4 anos, ex-aluno do jardim de infância na Escola Arco Íris do Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi agredido pelo diretor da instituição. Os pais do menino registraram uma ocorrência na Polícia Civil na segunda-feira (10), denunciando as agressões ocorridas no ano passado, quando o menor ainda estudava na unidade.
Segundo relatos da mãe em entrevista à TV Globo, um vídeo com imagens de câmeras de segurança foi enviado por um perfil fake nas redes sociais da responsável. O registro, em questão, mostra o diretor da instituição, de 70 anos, sacudindo o garoto contra uma parede. O caso, que havia sido mantido em sigilo, ganhou repercussão após a família ter acesso às imagens.
Nas cenas, é possível ver o menino com o rosto virado para a parede, sendo acolhido por uma professora. Em seguida, o diretor aparece, puxa o braço da criança com força, a levanta com as duas mãos e a joga contra a parede, sacudindo-a repetidamente antes de deixá-la cair no chão.
A mãe do garoto relata que o filho chegava em casa com marcas, chorava e pedia para não ir à escola.
‘’Ele chegava em casa com marca, ele chorava, ele não queria ir para o colégio. A gente perguntava, ele falava que não era nada, a gente perguntava no colégio, falavam que era devido à pirraça dele que ele se machucava’’, afirmou a mãe.
Ela também afirma que, em abril do ano passado, a escola sugeriu a transferência do menino, alegando que ele só deveria retornar "quando estivesse medicado e mais calmo".
A família informou também que, na época, fez uma denúncia ao Ministério Público por considerar o afastamento da criança injustificado. Meses depois, o menino foi diagnosticado com hiperatividade.
Meu filho hoje faz terapia, ele é acompanhado por neuro, porque ele está com um problema de sistema nervoso e é medicado. Me deu uma crise de ansiedade, eu não conseguia chorar. Eu só comecei a gritar muito no trabalho, porque a gente não imagina que o nosso filho vai estar num colégio e vai estar passando por isso
Com a repercussão do caso, o diretor foi afastado do cargo de direção da escola e substituído por seus filhos.
O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias). A Polícia Civil informou que investiga o caso e que ele corre em sigilo.
Posicionamento do colégio
Em nota enviada pelo advogado Ivan Perazoli, que representa a instituição, a direção afirma repudiar as agressões.
"O Colégio Jardim Escola Arco Íris do Gramacho, por meio de sua Direção, vem a público manifestar repúdio às imagens que vêm sendo propagadas, a respeito da instituição. Somos uma escola rígida, atenta, de ambiente familiar e religioso, de forma que alegações em sentido contrário, nos ferem de forma severa’’, começa a nota.
‘’Há 27 anos, educamos crianças e jovens de nossa cidade e região. Assim sendo, reafirmamos nosso compromisso de que essa missão seja bem feita, bem como reiteramos nosso comprometimento em zelar pelo bem-estar e pela segurança de todos os nossos alunos, professores e tomar conhecimento sobre um suposto caso de agressão, por parte de um colaborador, a um aluno, adotou medidas necessárias, que resultaram no afastamento do referido colaborador’’, informou.
Na nota, a instituição afirma que o caso está sendo investigado junto ao Conselho Tutelar: ‘’A ocorrência está sendo investigada com o apoio do Conselho Tutelar. Desta forma, faz questão de ressaltar que não tolera todo e qualquer ato de violência, sendo essa questão de valor, assim como o acolhimento à vítima’’.
A instituição afirmou ainda, que um processo foi instaurado para apurar os fatos. ‘’Informamos ainda que já foi instaurado processo para apuração e sanções disciplinares. A escola é contra quaisquer manifestações de violência física que envolva a comunidade discente, por parte de seus membros e/ou direcionadas a qualquer um deles. A escola reitera que qualquer tipo de violência é inaceitável, por se contrapor a valores fundamentais ensinados na própria escola’’.
Por fim, a nota conclui afirmando que não vai se isentar de praticar as ações cabíveis.
‘’Nossa escola é lugar de convívio saudável, diálogo, tolerância e coexistência pacífica entre pessoas das mais diversas orientações políticas, religiosas, de gênero, classe, raça e etnia, por isso não se furtará a adotar as ações cabíveis em relação a esse ou quaisquer outros episódios que representem risco à integridade física ou psicológica de membros de sua comunidade’’, conclui.
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