Polícia
Ameaças e agressões marcam relação entre mãe e filha em Niterói
Agressões e ameaças têm se tornado rotina na vida de uma autônoma moradora do Fonseca, na Zona Norte de Niterói, que relata ser vítima de uma das filhas, de 21 anos, e do genro. Embora não morem juntos, a relação conturbada entre mãe e filha vem causando estranheza nos moradores da região onde ela vive.
O relacionamento familiar está complicado há pelo menos cinco anos, segundo a vítima, de 39 anos, mas o último problema aconteceu na noite desta quarta-feira (27), quando a filha e o genro da autônoma foram até a residência dela e realizaram diversas ameaças. Durante a confusão, uma amiga da vítima entrou em luta corporal com a filha, fato gravado e compartilhado através de um aplicativo de mensagens instantâneas. Policiais militares foram até o local e os envolvidos na briga acabaram na Delegacia do Fonseca (78ªDP), onde o caso foi registrado.
“Os últimos cinco anos da minha vida têm sido de muito medo, tensão e nervosismo em razão dessas ameaças. Minha filha se relacionou com um rapaz que é envolvido com o tráfico em uma comunidade de Niterói e, desde então, as ameaças e as agressões se tornaram rotina na minha vida. E não penso que reagir seja a melhor escolha, só consigo sentir indignação. Eu dei amor e minha filha acabou se tornando isso”.
Autônoma, que prefere não ter a identidade relevada
Poucas horas antes de realizar um exame de corpo de delito, a vítima relatou o que vem acontecendo em sua vida nos últimos anos. Para ela, toda essa trama teve início na sua separação com o ex-marido e pai da suspeita das agressões. Desde então, a filha começou a receber uma pensão de R$ 2 mil do pai e começou a destratar a mãe, a acusando de ser uma “frustrada” e, nos momentos de raiva, começou a agredir e ameaçar. Isso teria piorado após a filha conhecer e se relacionar com um jovem, que é suspeito de integrar o tráfico de drogas do Morro do Eucalipto, no Fonseca.
“Ela sempre teve uma ligação muito forte com o dinheiro e pelo pai ter uma condição financeira boa, acabou se aproximando dele, que hoje mora no Morumbi, área nobre de São Paulo. Ele sempre foi muito ausente e isso pode ter causado uma ira nela e feito ela descontar tudo em mim. Não quero o mal dela, só quero que a gente tenha uma relação de mãe e filha como qualquer outra. Algo que já não temos há muito tempo”, disse a mãe.
Diante do aumento de ameaças nas últimas semanas, a autônoma conta que tem sofrido com fortes alterações em sua pressão cardíaca, o que quase a levou à morte em setembro. Nessa ocasião, a filha e o genro foram até a sua residência após a sua alta médica e fizeram ameaças. Uma delas, segundo a autônoma, dizia: “você tem que morrer mesmo. Tá na hora de morrer”.
O caso está sendo investigado pela Delegacia do Fonseca (78ª DP).
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