Justiça

Anestesista acusado de estuprar paciente começa a ser julgado

Giovanni Quintella foi filmado durante o crime

Giovanni Quintella Bezerra foi flagrado por enfermeiras e técnicas da unidades que desconfiavam da conduta do médico
Giovanni Quintella Bezerra foi flagrado por enfermeiras e técnicas da unidades que desconfiavam da conduta do médico |  Foto: Reprodução
 

Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, preso em flagrante pelo crime de estupro, começa a ser julgado nesta segunda-feira (12). A primeira audiência de instrução e julgamento terá início às 11h, no fórum de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O processo segue em segredo de Justiça e, por isso, não poderá ter a presença do público e nem da imprensa. 

O acusado foi preso em flagrante em julho deste ano no Hospital da Mulher Heloneida Stuart, em São João de Meriti, na Baixada. Ele foi flagrado por funcionárias da unidade que conseguiram filmar o momento em que Giovanni estuprava uma paciente sedada na sala de parto.

O aparelho ficou escondido na parte interna de um armário localizado dentro do centro cirúrgico. Quintella foi preso no dia 10 de julho e sua prisão foi convertida em preventiva após passar por audiência de custódia.  

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A perícia do vídeo mostra que o médico anestesista obstruiu as vias aéreas da vítima enquanto praticava o crime. O vídeo, de 1h36 minutos de duração, e o laudo da perícia apontaram que o barulho do alarme chamou a atenção dos médicos que estavam na sala. No flagra, Giovanni leva a mão ao monitor e desativa o sinal sonoro, enquanto continua o estupro, que dura aproximadamente dez minutos.

Médico também é investigado por mais de 40 possíveis casos, envolvendo mais pacientes
  

Na sequência, o anestesista pega o mesmo pano que tinha deixado ao lado do rosto da mulher para limpar a cena do crime. Ele passa o resto da cirurgia sentado, olhando o celular.

A defesa de Giovanni pediu à Justiça que o médico aguardasse o julgamento em liberdade, alegando que ele é réu primário, tem endereço fixo e não oferece risco à ordem pública.

Além de alegar um histórico de quadro de transtorno psicológico na família e que ele estava usando medicamentos que aumentam a libido, o desejo sexual. A Justiça negou todos os pedidos, afirmando que a liberdade dele oferece sim risco não só à ordem pública, mas ainda à vítima e às testemunhas.

Na audiência, que não tem previsão para término, devem ser ouvidas testemunhas de defesa e acusação. Giovanni também é investigado por mais de 40 possíveis casos, envolvendo mais pacientes.

Ele está detido no pavilhão 8 do Complexo Penitenciário de Gericinó, antigo Complexo Penitenciário de Bangu, em uma cela individual por possuir ensino superior completo. Além disso, o isolamento também é por conta de supostas ameaças que vem sofrendo no local. 

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