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    Investigação

    Anestesista acusado de estupro já fez 15 partos em Niterói

    Médico realizou 90 partos em quatro hospitais do Estado

    Publicado 31/07/2022 às 10:02 | Atualizado em 31/07/2022 às 12:21 | Autor: Tiago Souza
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    Giovanni Quintela foi flagrado colocando o pênis na boca da paciente durante parto no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart
    Giovanni Quintela foi flagrado colocando o pênis na boca da paciente durante parto no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart |  Foto: Reprodução

    O médico anestesista Giovanni Quintela Bezerra, de 31 anos, acusado de estupro contra uma paciente que dava à luz no início do mês, já atuou no Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL) no Fonseca, em Niterói, onde realizou entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, 15 partos cesárea.

    A informação foi repassada pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES) ao portal G1. Além do HEAL, Giovanni — que está preso por estupro de vulnerável — já trabalhou no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Lá ele realizou nove partos cesárea entre maio e dezembro de 2021.

    Demais unidades nas quais o anestesista trabalhou foram: Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, onde fez 37 partos cesárea entre novembro de 2021 e julho de 2022; e no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, onde realizou 29 partos cesárea entre março e julho de 2022.

    Ao ENFOCO a SES esclarece que acionou todas as unidades da sua rede para levantar em quais o anestesista Giovanni atuou. Todos os hospitais retornaram com as informações, assim como o Hospital Adão Pereira Nunes, que hoje está sob gestão da Prefeitura de Duque de Caxias.

    "Equipes da Superintendência de Unidades Próprias da SES estiveram nessas unidades e verificaram cada um dos prontuários de pacientes atendidas pelo anestesista. Todas as informações solicitadas pela Defensoria Pública foram respondidas", informou.

    A SES ressalta ainda que, desde a prisão do anestesista, a Fundação Saúde, responsável pela gestão do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMulher), abriu sindicância para apurar a atuação dele. O procedimento está em andamento.

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    O crime

    O crime pelo qual Giovanni está preso foi cometido no Hospital da Mulher Heloneida Studart. O anestesista foi preso na madrugada do dia 11 de julho após ter sido flagrado abusando sexualmente de uma paciente que estava desacordada durante a cirurgia.

    Registro foi feito por uma câmera de celular que foi colocado escondido dentro de um armário na sala de cirurgia por médicas que começaram a desconfiar das atitudes de Giovanni. No vídeo, o acusado aparece colocando o pênis na boca da paciente.

    Após registrar o crime, policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti (DEAM-SJM), na companhia da delegada Bárbara Lomba, foram até a unidade de saúde e prenderam o médico em flagrante. 

    O advogado que defendia o médico acabou deixando o caso. Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável. Ele foi levado para Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Ele teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva. O Cremerj suspendeu a licença médica de Giovanni. 

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