Denúncia
Ataque constante de casal contra vizinhos vira caso de polícia em Niterói
Um segurança da rua foi vítima de racismo

Moradores e comerciantes da Rua Antônio Silva, no Fonseca em Niterói, vêm denunciando ataques constantes praticados por um casal que reside em um prédio da localidade. Segundo os denunciantes, a mulher, principal responsável pelas agressões, joga da janela de seu apartamento baldes e sacolas de água suja, além de pedaços de cerâmica nas pessoas que passam pela rua. Também foram relatados ataques de cunho racista contra um segurança.
Os moradores e comerciantes do Bairro Chic, como a localidade é conhecida, temem pela própria segurança e evitam sair de casa, preocupados em se ferir com os fragmentos de cerâmica lançados pela agressora ou serem atingidos por água suja.
"Estamos com medo de sair na nossa porta e acabar levando um banho de água suja desses", explicou uma moradora que preferiu não se identificar.
O registro do ataque mais recente ocorreu nesta quarta-feira (22), quando, segundo moradores, o marido da mulher jogou pedaços de cerâmica no carro de um homem.
"Esta semana, ela arremessou um saco de água no carro de um rapaz que estava estacionado em frente ao bar. Eles discutiram, e o marido dela começou a jogar cerâmicas de cima do prédio", relatou um morador. Veja o vídeo do ataque:
Outra moradora, que também não quis se identificar por medo, relatou que vive no mesmo prédio da agressora. O edifício possui duas entradas para ruas diferentes. Ela afirmou que os primeiros ataques aconteceram em março, quando a mulher jogava sacolas contendo calcinhas e roupas da janela do apartamento, que ficavam espalhadas pela rua.
Naquela época, os ataques não eram tão frequentes como agora. Hoje, ela joga cerâmicas, sacolas com água suja, rolos de papel higiênico molhados, borra de café e baldes de água
Ainda segundo moradores, apesar da gravidade dos ataques, principalmente com as cerâmicas, por sorte ninguém foi atingido até o momento. No entanto, a situação gera muito risco, e moradores e comerciantes tentam se proteger para não serem feridos. Vídeo do ataque com baldes e sacolas de água suja:
Ataques racistas
Além dos ataques físicos, os moradores denunciam episódios de racismo praticados pela mulher contra um segurança da rua. "Ele gravou um vídeo dela o chamando de 'crioulo' e 'macaco'. Ela também costuma gritar essas ofensas da janela enquanto ele está trabalhando na rua", contou.
Em um vídeo enviado ao ENFOCO, a mulher diz à vítima que "não gosta de crioulo" e que "gosta de preto na favela". Veja o vídeo:
Segundo uma moradora, a vítima procurou uma delegacia para registrar o caso, porém, segundo ela, o processo não avançou. O ENFOCO tentou contato com a vítima para obter mais informações, mas não obteve retorno.
Presença da PM no local
Cansados da situação, os moradores acionaram a Polícia Militar na segunda-feira (20). As equipes estiveram no local, mas não conseguiram conversar com a mulher, que se recusou a abrir a porta do prédio. Esta foi a segunda vez que a polícia foi chamada para atender a ocorrência.
"Ela passa o dia inteiro gritando, jogando água suja em frente ao meu portão, despejando baldes de água em cima do bar", desabafou um morador.
Sobre o estado mental da agressora, os moradores não têm certeza se ela possui problemas psicológicos. "Acredito que ela tenha algum problema, mas acho estranho, porque ela sai normalmente para fazer compras no mercado e outras atividades, sem demonstrar essas atitudes na rua", concluiu a testemunha.
Ainda segundo a denunciante, a família do casal não intervém nesses ataques.
"A família da mulher não faz absolutamente nada para retirá-la daqui. Estamos correndo risco, até que ocorra uma fatalidade".
Procurada, a Polícia Militar informa que, "de acordo com o comando do 12º BPM, no dia 20/10, equipes foram acionadas para a Rua Antônio Silva, no Fonseca, Niterói, para verificar informação de que dois moradores estariam jogando objetos pela janela do apartamento. As equipes tentaram localizar os suspeitos. Tendo em vista a não apresentação dos acusados, o solicitante dispensou a equipe".

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