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    Baleada por agentes da PRF tem melhora progressiva na consciência

    Juliana Leite Rangel levou um tiro de fuzil na cabeça

    Publicado 06/01/2025 às 20:57 | Autor: Enfoco
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    Juliana segue no CTI do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes
    Juliana segue no CTI do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

    A jovem que levou um tiro de fuzil na cabeça, disparado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís, na Baixada Fluminense, no dia 24 de dezembro, apresenta melhora progressiva na consciência. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (6), pela Secretaria de Saúde de Duque de Caxias. Juliana está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, que fica na cidade. 

    Ainda de acordo com o boletim, Juliana Leite Rangel, de 26 anos, "apresenta bom estado geral, hemodinamicamente estável e mantendo melhora progressiva a cada dia". A direção do hospital informou ainda que "a paciente segue respirando através da traqueostomia, em ar ambiente, acordada, interagindo com os examinadores, respondendo a comandos e mobilizando os quatro membros".

    Aspas da citação
    O suporte da ventilação mecânica foi totalmente retirado de maneira definitiva, realizando fisioterapia respiratória sem auxilio de aparelhos. Do ponto de vista neurológico, paciente vem progredindo o nível de consciência, sem novos déficits, com melhora clínica e laboratorial mantidas. Está recuperando as funções motoras e cognitivas, sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis, já sendo iniciado processo de reabilitação. Esse processo de reabilitação psicomotora seguirá de acordo com a tolerância da paciente
    Hospital Adão Pereira Nunes via boletim médico
    Aspas da citação

    Juliana segue em terapia intensiva, em acompanhamento pelo serviço de neurocirurgia, psicologia, em conjunto com equipe multidisciplinar, ainda sem previsão de alta do CTI.

    Relembre o caso 

    A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto passava de carro na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite de 24 de dezembro.

    Ela estava a caminho de Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, onde passaria o Natal com a família. Conforme o pai de Juliana, Alexandre de Silva Rangel, de 53 anos, que estava conduzindo o veículo no momento da abordagem, e foi baleado na mão esquerda, ele tentou obedecer uma ordem de parada assim que ouviu a sirene da viatura da PRF. Ainda assim, de acordo com o relato, os agentes já saíram do veículo atirando.

    No dia 29 de dezembro, após quatro dias de internação, o estado de saúde de Juliana passou de "gravíssimo" para "grave". Segundo a Secretaria Municipal de Saúde e a direção do hospital, "a mudança no quadro decorreu de melhora clínica, com drogas vasoativas suspensas e mantendo a estabilidade".

    Na última quinta-feira (2), a jovem se comunicou com a família pela primeira vez desde o incidente. "Ela está se mexendo e respondendo. Eu disse: 'Juju, a gente te ama', e ela respondeu: 'eu também', mexendo apenas os lábios porque está com traqueostomia", contou Dayse, mãe de Juliana. Ela ainda afirmou que a recuperação da filha é um verdadeiro presente para a família em 2025, descrevendo-a como um "milagre".

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