Os policiais civis envolvidos no tiroteio que atingiu a menina Alice Rocha, de 4 anos, na Taquara, Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (1º), afirmaram em depoimento que somente um deles fez disparos na direção dos pneus do carro em que os suspeitos estavam. A criança foi atingida na cabeça e está internada em estado gravíssimo.
Em depoimento prestado a polícia, os três agentes da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) informaram que estavam descaracterizados para investigar uma denúncia de milicianos que atuavam na região, intimidando comerciantes, as informações são do G1.
Os policiais localizaram o acusado na Rua da Creche, local que possui vias estreitas. Numa tática de precaução, os agentes perseguiram o homem.
Somente quando o carro do criminoso parou na Rua André Rocha, uma das principais vias da região, e um dos passageiros desceu para realizar a cobrança no comércio local, que os agentes decidiram fazer a abordagem.
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O policial que estava no volante parou atravessado, o carona e o que estava no banco de trás saltaram e informaram a prisão. Numa tentativa de fuga, um dos milicianos que estava armado começou a disparar contra os policiais. Os três agentes portavam fuzis, mas somente um deles disparou e, segundo o depoimento, no pneu do carro dos criminosos.
O depoimento relata que um dos agentes afirmou ter disparado com o fuzil cinco vezes contra o pneu do carro de Neguinho do Gás, que perdeu o controle do veículo e terminou capturado ao tentar fugir a pé. O outro conseguiu escapar.
Vigília em frente ao hospital
Familiares e amigos da Alice Rocha, realizaram uma vigília em frente a Creche Municipal Criança do Futuro, em Curicica, na Zona Oeste, nesta quinta-feira (2), local em que a menina estuda e perto de onde foi atingida. Eles realizaram orações pedindo pela recuperação de Alice.
Segundo o técnico de enfermagem Sandro Mariano, que é avô da criança, a menina está sedada e respira com a ajuda de aparelhos.
Nesta sexta-feira (3), o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio, informou que Alice segue internada em estado gravíssimo.
Bala alojada
Segundo a Polícia Civil, um pedaço do projétil ainda pode estar alojado na cabeça da criança. Desta forma, os investigadores esperam conseguir realizar um confronto balístico para identificar de qual arma a bala partiu.
O boletim de atendimento médico, ao detalhar a lesão, registra a entrada do projétil e não a saída, segundo informações do G1.
As armas dos policiais envolvidos no confronto foram apreendidas, um total de três fuzis calibre 556. Dos criminosos, foi apreendida uma pistola 9 milímetros, abandonada durante a fuga.
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