Justiça

Caso Flordelis: delegada diz que sexo em família era consentido

Julgamento dela e mais quatro filhos acontece nesta segunda (7)

Mais cedo, um cordão de isolamento foi feito envolta dos réus
Mais cedo, um cordão de isolamento foi feito envolta dos réus |  Foto: Lucas Alvarenga
 

A delegada Bárbara Lomba, que investigou o início do caso Flordelis, disse durante depoimento no julgamento da ex-deputada, nesta segunda (7) em Niterói, que as aventuras sexuais em família tinham o consentimento dos envolvidos.

A declaração vem na sequencia de uma série de acusações das quais Flordelis fez contra o pastor Anderson do Carmo de que era agredida durante relações com ele. O pastor foi assassinado a tiros na casa da família em junho de 2019, em Pendotiba, Niterói. Questionada se em algum momento a ré alegou ter sofrido abuso sexual por parte da vítima, a delegada negou.

Jamais, nunca, falou muito bem dele, que a prática dele era muito correta, que tratava todos com carinho, amor Bárbara Lomba, delegada
  

“Nós conseguimos confirmar que havia contatos sexuais entre algumas pessoas [da família], mas consentidos”, disse a delegada em relação a acusações de abusos sexuais entre a vítima, Simone e outras integrantes da família.

A delegada afirmou também que Flordelis e Anderson contavam a todos que ambos tinham um filho biológico, identificado como Daniel dos Santos de Souza. No entanto, a investigação teria provado que a certidão de nascimento fora falsificada. A mãe biológica de Daniel foi localizada e disse que foi forçada pela família a doar a criança.

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O cerco montado pelos advogados de defesa foi desmontado e ela acompanha tudo de cabeça baixa, com um lenço na mão e chorando muito. A sessão chegou a ser interrompida pela juíza Nearis dos Santos para que um copo d´agua fosse servido para Flordelis. 

Ao lado da ex-deputada está o filho afetivo André Luiz de Oliveira, que também encara o chão. Já a filha biológica da acusada, Simone dos Santos Rodrigues, permanece de cabeça erguida, ao lado da filha Rayane dos Santos. Marzy Teixeira da Silva, outra filha afetiva de Flordelis também segue ao lado da mãe. 

Mais cedo, a ex-deputada e os réus chegaram com duas horas de atraso ao julgamento. Com cabelos mais curtos e mais claros, ela alternava momentos de choro e em diversas ocasiões juntava as mãos ao rosto numa espécie de prece. 

Os advogados de defesa dos réus realizaram um ato antes do julgamento. Eles fizeram um cordão de isolamento para tentar impedir que seus clientes fossem registrados pelas câmeras das equipes de reportagens. Mãe e namorado de Flordelis também estavam presentes.

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O depoimento de Bárbara Lomba terminou por volta das 16h50, ela foi a primeira testemunha de acusação. O próximo será o delegado Allan Duarte, ele foi quem substituiu Lomba nas investigações à frente de Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

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