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    Justiça

    Caso João Pedro: 2ª fase da audiência acontece nesta quarta em SG

    Adolescente de 14 anos foi morto durante operação policial

    Publicado 16/11/2022 às 7:31 | Atualizado em 16/11/2022 às 8:26 | Autor: Enfoco
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    Primeira audiência ocorreu em 5 de setembro. Familiares clamaram por justiça
    Primeira audiência ocorreu em 5 de setembro. Familiares clamaram por justiça |  Foto: Karina Cruz

    Acontece nesta quarta-feira (16) a segunda fase da audiência de instrução do processo da morte de João Pedro Mattos Pinto. Em maio de 2020, aos 14 anos, o adolescente foi baleado e morto com um tiro de fuzil durante uma operação conjunta das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. 

    O jovem brincava com amigos, na casa dos tios, quando, segundo testemunhas, policiais entraram atirando. Ele foi atingido por um disparo de fuzil e socorrido de helicóptero, mas não resistiu. 

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    Três policiais civis lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) – Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister – são acusados pelo crime (homicídio qualificado). 

    No início de setembro, ao todo, oito testemunhas foram ouvidas pela juíza Juliana Grillo El-Jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que designou este dia 16, às 13h30, a continuação  da audiência.  

    A primeira a falar foi a perita da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Maria do Carmo Gargaglione, responsável pelo relatório técnico da reprodução simulada do caso. Segundo a especialista, o trabalho foi realizado  com um scanner de última geração, único modelo usado no Brasil. 

    “O scanner fez uma fotografia com precisão de todos os ambientes da casa e seu entorno. Junto com os depoimentos de quem estava na casa, fizemos um cruzamento de informações. Havia uma concentração grande de marcas de bala em um cômodo da casa”, contou a perita.  

    O pai de João Pedro, Neilton da Costa Pinto, foi a segunda testemunha a falar. O homem contou que trabalhava em um quiosque quando soube do tiroteio.  

    “Cheguei no local e encontrei cinco jovens na calçada. Perguntei onde estava o João Pedro e meu sobrinho respondeu que ele tinha sido baleado pela polícia. Só fui saber o que tinha acontecido com meu filho, no dia seguinte, quando soube que o corpo dele estava no IML”, disse o pai da vítima. 

    Além dos dois, mais seis testemunhas foram ouvidas: cinco adolescentes que estavam com a vítima e a dona da casa onde o caso ocorreu.

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