São Gonçalo
Caso João Pedro: policiais civis são ouvidos em nova audiência
Adolescente de 14 anos foi morto durante operação em 2020
Policiais civis que participaram da operação que resultou na morte do adolescente João Pedro Mattos, de 14 anos, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em 2020, são ouvidos na quarta audiência, que acontece nesta quarta-feira (12), no Fórum Juíza Patrícia Lourival Acioli, em Colubandê.
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Três policiais civis são réus pela morte da vítima e respondem em liberdade. O interrogatório de Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando Meister, denunciados por homicídio, será no dia 2 de agosto.
Entre as testemunhas convocadas pelo Ministério Público, nesta quarta, estão policiais civis e um federal.
"A defesa espera que seja mostrado através dos policiais que participaram da operação, que houve realmente um confronto no local dos fatos e que o resultado não era esperado pelos policiais. Não é plausível policiais experientes que se fardam para deixar a vida de um inocente, ali foi uma fatalidade", pontuou Marcelo Ramalho, advogado de defesa dos policiais.
O deputado estadual Professor Josemar (Psol), que acompanha o caso desde quando era vereador em São Gonçalo, fez questão de participar da audiência. Ele é membro da Comissão de Combate à Discriminação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
"Esperamos que seja feita a Justiça no caso João, que é um caso que já se arrasta por mais de três anos. Isso revela uma certa ineficácia quando se trata de crimes relacionados ao racismo. Esperamos que tenha mais um episódio em que nos podemos elucidar", disse ele.
No mês passado, seis policiais federais foram ouvidos como testemunhas no terceiro dia de audiência. Os agentes disseram que foram cumprir três mandados de prisão na comunidade, e que só mantiveram contato com o delegado da Polícia Civil, também responsável pela operação.
O adolescente João Pedro foi baleado dentro de casa, enquanto jogava vídeogame com amigos. Parentes e vizinhos afirmam que os policiais entraram atirando no imóvel.
Na época, as autoridades disseram que homens que atuavam como seguranças de um traficante tentaram fugir pulando o muro da casa e atiraram contra os policiais.
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