Investigação
Caso Marielle: empresa de gatonet é alvo de buscas da PF
Outras operações serão feitas para prender os mandantes
Sete mandados de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio, nesta sexta-feira (4), em endereços no Complexo do Lins, no Méier, e em Rocha Miranda, todos na Zona Norte do Rio.
Esse é mais um desdobramento do inquérito que apura os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A Polícia Federal confirmou que realizará outras operações para buscar prender os mandantes do crime.
A esposa de Suel, Aline Siqueira, também é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão desta sexta. Ela prestará depoimento ainda nesta manhã, na Superintendência da PF, no Centro do Rio.
Até o momento, um homem foi conduzido pelos agentes ao local. Além de malas com objetos apreendidos, ainda não informados.
Segundo os investigadores, os endereços que foram alvos nesta sexta estão ligados a uma empresa de gatonet que possui relação com o ex-bombeiro Maxwell Simões, conhecido como Suel. Também foram expedidos mandados de prisão contra pessoas ligadas à empresa.
Maxwell foi preso no dia 24 de julho durante a primeira fase da Operação Élpis. A prisão foi feita pela PF junto com o MPRJ. Ele foi preso em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Suel foi apontado por Élcio de Queiroz, em uma delação premiada, como sendo responsável por realizar vigílias para fiscalizar Marielle.
No dia do crime, seria Maxwell quem dirigiria o carro enquanto Ronnie Lessa atiraria contra a vereadora, no entanto, após problemas em uma das vigílias com o carro, Lessa sentiu que a culpa era de Maxwell pelo fato do veículo ter dado problema, e chamou Élcio para ser seu motorista no dia do crime, conforme as denúncias.
As investigações também indicam que Suel é o dono do carro onde Lessa escondeu as armas e ajudou a jogar as armas do homicídio das vítimas no mar.
Maxwell já havia sido preso pelo caso em 2020 por atrapalhar as investigações e foi condenado a quatro anos de prisão em 2021. Ele estava em regime aberto.
O caso
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos na noite de 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi atingido por 13 disparos, feitos de um outro carro que os seguia desde a Lapa, onde a vereadora havia participado de um encontro político.
Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, quase um ano depois, em 12 de março de 2019, como executores do assassinato e continuam presos à espera de julgamento. Ambos negam participação nos crimes.
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