Conclusão

Caso Raquel: laudo aponta que carro alegórico foi rebocado errado

Acidente resultou na morte da menina Raquel Antunes, de 11 anos

Carro alegórico da escola Em Cima da Hora foi rebocado de forma errada
Carro alegórico da escola Em Cima da Hora foi rebocado de forma errada |  Foto: Reprodução
 

A Polícia Civil finalizou a perícia da reprodução simulada da morte menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, na saída do Sambódromo. O acidente, com um carro alegórico da Em Cima da Hora, aconteceu na dispersão na primeira noite de desfiles das escolas de samba do Grupo de Ouro, uma espécie de grupo de acesso do carnaval carioca.

De acordo com as autoridades, ficou constatado que o carro alegórico foi rebocado de forma errada e sem visão para o motorista.

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Além disto, o laudo aponta outras falhas no processo, como:

  • - A alegoria apresentava problemas no motor, sendo assim, necessitou ser rebocada, mas durante o processo, o acoplamento foi feito de forma errada, com correntes e parafusos irregulares. Desta forma, o veículo estava balançando para esquerda e direita.
  • - Quando o veículo estava saindo, havia somente supervisão de dois guias: um do lado esquerdo e outro na parte da frente. Do lado direito, onde Raquel foi imprensada, não havia ninguém para orientar e alertar sobre o poste no caminho.
  • - O lado direito do caminhão estava com a luminosidade baixa.
  • - O poste em que o acidente ocorreu foi erguido em desacordo com as normas da ABNT, ou seja, não deveria estar ali. Além de não possuir luminosidade.
  • - Não havia isolamento adequado da Rua Frei Caneca, via de escoamento das alegorias, permitindo a circulação desordenada de pessoas.

Entenda o caso

A jovem foi imprensada pelo carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, durante os desfiles que abriram o carnaval no Rio de Janeiro. Ela ficou internada no Hospital Souza Aguiar em estado gravíssimo, precisou amputar a perna direita, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.

Durante a cirurgia, a menina teve uma parada cardiorrespiratória, além de traumatismo no tórax e necessitar de aparelhos para conseguir respirar. De acordo com uma funcionária do hospital, Raquel morreu devido a uma hemorragia interna.

Divergência nos depoimentos

A delegada Maria Aparecida informou que as imagens de segurança do local mostram situações diferentes do relatado pelo motorista do carro alegórico durante depoimento.

De acordo com a delegada, várias crianças estavam brincando em cima do carro antes do acidente e que o condutor informou o contrário. 

Para a polícia, o motorista disse não ter visto nenhuma criança brincando em cima do veículo, por isso ele prosseguiu com o reboque

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