Truculência
Confusão durante caminhada política na Tijuca vai parar na DP
O caso é registrado na 19ª DP (Tijuca)
Uma confusão durante caminhada política na Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte do Rio, marcou a manhã deste sábado (16). Militantes do Partido dos Trabalhadores acusam o deputado Rodrigo Amorim (PTB) de liderar o ato.
O diretório do PT-RJ afirma que houve agressões e xingamentos contra quem estava na passeata de pré-candidatos apoiadores de Marcelo Freixo (PSB), que está na disputa ao Governo do Estado.
Segundo relatos, materiais dos militantes teriam sido quebrados. Freixo teria saído do local, para uma outra agenda, pouco antes dos ataques, conforme apurou o ENFOCO.
O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca) como ameaça e injúria. Foram colhidos depoimentos dos envolvidos. O procedimento será encaminhado à Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (CIAF), órgão especializado da Secretaria de Estado de Polícia Civil, que possui atribuição para dar seguimento a este tipo de investigação.
Procurado, o deputado Amorim informou que estava com apoiadores na Praça Saens Pena, ponto de encontro para irem a um evento do PTB em São Cristóvão, quando segundo ele 'uma equipe do deputado Marcelo Freixo começou a ofender sua família e a do presidente da República [Jair Bolsonaro, do PL]'.
"Freixo estava em campanha antecipada na Praça, com sua equipe de seguranças armados irregulares, alvo de CPI criada pelo deputado Rodrigo Amorim na Alerj. Não houve nenhum episódio de violência física", garantiu a assessoria do parlamentar.
Camila Marins foi uma das militantes que estava no local. A aspirante à Câmara dos Deputados disse, no entanto, que mulheres foram empurradas pelo grupo de Rodrigo Amorim.
"Eles nos xingaram, quebraram nossas bandeiras, empurraram mulheres e quase destruíram as barracas das trabalhadoras e trabalhadores. Política se faz com diálogo, e não com truculência. A política feita com ódio não pode mais ter espaço no país", afirmou.
Já o advogado dos Direitos Humanos Rodrigo Mondego afirmou que o caso é registrado na delegacia da área.
"Fomos atacados por um grupo armado bolsonarista liderado pelo deputado Rodrigo Amorim, que nos agrediu, quebrou bandeiras e nos ameaçou. Estamos indo para a delegacia fazer o registro de ocorrência", revelou.
O 6º Batalhão de Polícia Militar informou à reportagem que não houve registro de acionamento para este fato.
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