Homenagem
'Coração bondoso', diz escola de jovem morto na CDD
Thiago tinha 13 anos quando foi baleado e morto
A Escola Municipal Dorcelina Gomes da Costa, onde estudava o adolescente Thiago Menezes Flausino, prestou uma homenagem para ele nesta quarta-feira (9). Thiago foi morto na última segunda-feira (7), aos 13 anos, durante uma operação da Polícia Militar na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. No post feito pela escola, a direção da unidade ressalta como Thiago era querido por todos, chegando a afirmar que ele tinha um 'coração bondoso'.
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Na postagem, feita no Instagram, a escola se despede do aluno e afirma, dentre vários adjetivos, que Thiago é um garoto 'maravilhoso', 'alegre', com um 'coração bondoso', 'gestos generosos', 'sorriso lindo', 'cercado de amigos'. Ao final, a direção da escola afirma que, durante a chamada, todos gritarão 'presente' quando o nome dele for falado.
O caso
Um adolescente, de 13 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (7), durante uma operação da Polícia Militar na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. Os moradores do local acusam os policiais militares pela morte de Thiago Menezes Flausino.
De acordo com a família do adolescente, os militares entraram na comunidade atirando. Nas redes sociais, a corporação inicialmente relatou que "um criminoso ficou ferido ao entrar em confronto" com os agentes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). No entanto, a versão dos acontecimentos foi posteriormente atualizada por meio de um comunicado oficial.
Segundo a Polícia Militar, os policiais do BPChq estavam realizando patrulhamento quando, na esquina da Estrada Marechal Miguel Salazar com a Rua Geremias, foram alvo de disparos efetuados por dois indivíduos em uma motocicleta. Em resposta ao ataque, ocorreu um confronto armado e “após confronto, um adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos".
No local da ocorrência, foi apreendida uma pistola calibre 9mm. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada para investigar o caso. O comando da Polícia Militar informou que já iniciou um procedimento interno para analisar as circunstâncias do ocorrido e está colaborando integralmente com as investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Priscila Menezes, mãe do menino, explicou sobre a perda do filho. “Era carinhoso comigo, com as irmãs, vão ficar só as lembranças dele. Adorava cantar em casa, cantava muito que a gente até brigava com ela. Uma criança de 13 anos só, com um futuro pela frente, sonhava em ser jogador de futebol. Quero ficar só com as lembranças dele vivo na minha cabeça. Nunca imaginei passar por isso. Era indefeso, magro, não estava armado e nem era traficante. Ele era uma criança que gostava de curtir e jogar bola. Covardia o que fizeram com meu filho”, contou.
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