Detidas
Criança de um ano morre; suspeitas, mãe e madrasta são presas
A bebê morreu no último fim de semana na UPA da Maré
Duas mulheres foram presas no último fim de semana, na Maré, na Zona Norte do Rio, acusadas terem causado a morte de uma bebê de um ano, filha de uma delas. A prisão delas foi convertida em preventiva nessa segunda-feira (15).
Segundo informações do jornal Extra, o caso foi descoberto depois que a madrasta da criança que cuidava dela, a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré com lesões pelo corpo.
A criança chegou ao local morta e, segundo os médicos, ela havia falecido cerca de uma hora antes ir para a unidade de saúde. A madrasta da menina contou que ela caiu do sofá e, por isso, se machucou.
A versão, no entanto, causou desconfiança na equipe médica, já que a menina tinha lesões mais antigas pelo corpo. A mãe da criança informou em depoimento que era a namorada quem cuidava da bebê enquanto ela ia trabalhar. Ela confirmou o depoimento da madrasta, de que a criança caiu do móvel, por isso, as lesões pelo corpo.
Após a denúncia dos médicos e a morte da criança, os policiais militares da região foram acionados e se dirigiram até a casa das mulheres, onde as detiveram em flagrante. Elas foram levadas para a 21ª DP (Bonsucesso) em seguida.
"A bebê estava sob os cuidados da companheira da mãe quando ela morreu. A madrasta tentando disfarçar, levou a criança para a UPA da Maré. Segundo ela contou aos médicos, a criança teria caído de um sofá. Entretanto os médicos acharam isso estranho, já que a criança estava há pelo menos uma hora morta. A mãe também deu essa versão que a criança estava no sofá. Pela idade dela, isso não seria fatídico, porque a criança não teria condições de subir com 1 ano no sofá", contou a delegada Elaine Rosa ao Extra.
A mulher que cuidava da criança contou que ela se machucou após cair do sofá enquanto dormia deitada no móvel. Ela teria deixado a menina sozinha e já a encontrou caída quando voltou. Daniele também foi acusada de negligência no socorro, pois a criança já teria chegado morta na UPA há uma hora.
"Foi constatado pelos médicos da UPA e da perícia que a criança tinha sinais anteriores de espancamento. A mãe sabia que a criança era espancada, e ela era conivente. Os moradores e pacientes da clínica ficaram indignados com a situação e chamaram a polícia. A facção criminosa permitiu que a polícia entrasse, sem haver troca de tiros. A família da companheira ainda tentou culpar a equipe por negligência médica, mas é mentira, pois ela já estava morta quando chegou", disse a delegada.
O caso segue em investigações e os policiais devem continuar ouvindo testemunhas para entender mais sobre o relacionamento de 11 meses das acusadas e o caso de maus-tratos envolvendo a bebê de um ano. As lesões na criança podem indicar que ela caiu mais de uma vez durante os meses.
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