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    Santa Rosa

    Edifício residencial vira alvo de tiros na Zona Sul de Niterói

    Moradores estão assustados com a recorrência dos casos

    Publicado 18/11/2025 às 19:28 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Tiros atingiram janelas do edifício residencial
    Tiros atingiram janelas do edifício residencial |  Foto: Arquivo Pessoal

    Uma série de tiros de arma de fogo vem transformando a rotina de moradores de um edifício residencial, na Zona Sul de Niterói, Região Metropolitana do Rio, em um cenário de medo. Em pelo menos três apartamentos, projéteis atravessaram janelas, estouraram vidros, e foram dentro de dormitórios, alguns a poucos centímetros de onde moradores costumam ficar, segundo denúncias obtidas com exclusividade pelo ENFOCO. Um dos casos foi registrado na Delegacia de Icaraí (77ª DP).

    O episódio mais recente aconteceu na última sexta-feira (14), em um prédio na Travessa Santa Rosa de Viterbo, no bairro Santa Rosa, por volta das 16h. Por sorte, a moradora não estava em casa. A engenheira de 35 anos considera a situação um "livramento".

    Ao chegar em casa, dois dias depois, a vítima achou, no chão do quarto, a bala que havia atravessado a janela lateral voltada para a Rua Mário Viana. O projétil atravessou a janela, teria ricocheteado na parede e batido na porta.

    “Retornei ao meu apartamento no domingo, dia 16, por volta das 16h50. Ao entrar no meu quarto, percebi que a janela havia sido atingida por um projétil esférico. O impacto atravessou dois vidros, quebrou ambos, ricocheteou na parede, depois atingiu a porta e só então caiu no chão. Eu estava fora desde sexta-feira pela manhã, portanto só tive conhecimento do dano ao retornar”, contou a moradora, que preferiu ter a identidade preservada.

    Vizinhos acompanham a moradora na preocupação. Eles relataram ocorrências semelhantes no último mês.

    "Ao informar o síndico, ele relatou que, na própria sexta (14), por volta das 16h, o apartamento abaixo do meu também foi atingido na mesma direção, com danos semelhantes. Além disso, ele apontou que um terceiro apartamento, mais abaixo na mesma coluna, sofreu um incidente idêntico aproximadamente um mês antes. Todos os casos seguem a mesma linha vertical de impacto", narra a denunciante.

    De acordo com as queixas, há repetição das ocorrências ao longo do tempo e no mesmo alinhamento, indicando que não se trata de um evento isolado.

    "Eu passo roupa exatamente na direção onde a bala entrou. Fiquei assustada. A senhora do apartamento abaixo, já de idade, disse que foi um livramento. A bala foi em direção à cabeça dela. O livramento foi porque perdeu força antes de chegar e só perfurou o vidro da janela. A outra inquilina teve o apartamento alvejado na mesma direção um mês antes. Outra coincidência: os três projéteis são idênticos", alerta a moradora.

    Mistério dos tiros

    A vítima diz que entregou o projétil estilhaçado para um vizinho policial verificar de qual arma seria. "Ele disse que possivelmente calibre 22, mas não deu certeza", explica.

    Ela afirma que não há comunidades no entorno e não costuma ouvir tiros por perto.

    "Aqui não tem histórico desse tipo de coisa, começou agora. Me parece que a pessoa que atira é a mesma e do mesmo lugar. Não sei se por lazer ou se está treinando. Tanto o relato da sexta quanto o do mês passado ocorreu em horários próximos das 15h e 16h", pontua.

    Com medo, ela prefere não informar o número do andar ou qualquer identificação direta.

    "Se trata de um risco real e contínuo para quem vive na face atingida do prédio. Envolve a segurança dos moradores e pode voltar a acontecer. Meu intuito é chamar atenção para a necessidade de investigação adequada", diz.

    Os moradores aguardam o avanço das investigações para descobrir de onde partem os disparos e evitar que novas balas perdidas transformem o prédio em alvo novamente.

    A Polícia Civil informou, através do delegado Vilson de Almeida Silva, titular da 77ª DP (Icaraí), que um procedimento foi instaurado, a perícia já foi realizada e diligências estão em andamento.

    Questionada, a Polícia Militar se limitou a informar, por meio do 12º BPM (Niterói), que não houve acionamento para o fato relatado.

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    Ezequiel Manhães

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