Enterro
"Ele era a minha vida", desabafa mãe de agente morto por militares
O corpo do papiloscopista Renato Couto foi enterrado nesta terça
Rio de Janeiro - Parentes e amigos se despediram nesta terça-feira do papiloscopista Renato Couto Mendonça, de 41 anos, morto por militares da Marinha. O enterro, marcado pelo sentimento de justiça, aconteceu às 11h no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
Renato recebeu homenagem de colegas da Polícia Civil. O cortejo passou por viaturas que permaneceram com as sirenes ligadas. Como mais um tributo, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o sepultamento espalhando pétalas de rosas.
"A gente estava esperando por ele no trabalho. O Renato sempre foi um servidor pontual. Nunca faltou ou chegou atrasado. A gente ficou preocupado até que veio a notícia triste", lamentou uma colega de trabalho.
Ainda abalada e sob efeito de medicação, Débora Couto, irmã de Renato, voltou a pedir justiça.
"Vimos o vídeo da execução dele, fico feliz por ter lutado. Meu irmão não era covarde, vimos que tem mais pessoas envolvidas, queremos a pena máxima na justiça".
No momento em que o corpo era sepultado, sua mãe, tomada por forte emoção, gritou palavras de amor e saudade.
"Ele é a minha vida. Te amo tanto".
Crime e investigação
O policial civil Renato Couto Mendonça, de 41 anos, foi sequestrado e assassinado por três militares da Marinha e o dono de um ferro-velho, pai de um dos militares.
Renato acreditava que o dono do ferro-velho estaria receptando o material que haviam furtado de sua obra, o que deu início a uma discussão entre as partes.
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