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    Conclusão

    Ex-síndica e empregados indiciados por morte de criança no Rio

    Menina foi atingida por pilar em rede que caiu sobre ela

    Publicado 05/05/2025 às 20:02 | Autor: Enfoco
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    Segundo a polícia, pilar já havia se desprendido antes e reconstruído de forma irregular
    Segundo a polícia, pilar já havia se desprendido antes e reconstruído de forma irregular |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

    A Polícia Civil indiciou, nesta segunda-feira (5), três pessoas pela morte de Maria Luísa Oldembergas, de 7 anos, atingida por um pilar enquanto brincava em uma rede no condomínio onde morava, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O caso aconteceu em março deste ano. 

    Foram indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar) a ex-síndica e dois funcionários do condomínio. A investigação conduzida pela 42ª DP (Recreio) concluiu que o pilar que desabou sobre a criança foi reconstruído em 2020 de maneira irregular, sem projeto, laudo técnico ou acompanhamento de profissional habilitado, após ter se desprendido. 

    “Eles entenderam que era necessário reconstruir o pilar. Só que foi totalmente feito de forma irregular, sem critérios técnicos de construção”, afirmou o delegado Alan Luxardo, ao “G1”. A perícia acrescentou que, a análise da nota fiscal com os materiais da obra (cimento, areia e ferro), reforçaram as conclusões do inquérito.

    Segundo o relatório, os dois funcionários que executaram a obra não tinham qualquer formação ou capacitação técnica para realizar esse tipo de serviço. Já a ex-síndica, teria dado ordens diretas para a realização da reforma e ignorado a necessidade de contratar mão de obra especializada.

    O documento policial ressalta ainda que ela adotou uma postura negligente frente às responsabilidades de gestão e segurança do condomínio.

    “A gente se depara com situações em que uma obra estrutural é feita por um profissional não habilitado. Às vezes, pode ser um serviço malfeito. E é fundamental impedir uma tragédia”, alertou o delegado.

    Maria Luísa foi atingida pelo pilar enquanto brincava com outras crianças em uma área chamada “espaço zen”. Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos após sofrer uma parada cardíaca no local.

    Em nota, o condomínio Puerto Madero declarou que colabora com as investigações desde o início e presta apoio à família da vítima. A ex-síndica afirmou ao “G1”, por meio de mensagem, que estava em atendimento hospitalar na tarde desta segunda e que ainda não havia sido oficialmente informada sobre o indiciamento.

    As defesas dos funcionários disseram que eles não tiveram qualquer responsabilidade na tragédia e que a verdade dos fatos será esclarecida.

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