Investigação

Família alega inocência de um dos mortos pela polícia na Maré

Zé Careca vendia bebidas na região

José Henrique da Silva tinha 53 anos
José Henrique da Silva tinha 53 anos |  Foto: Reprodução
  

A Operação no Complexo da Maré, realizada nesta segunda-feira (26), terminou com cinco pessoas mortas e 26 presos. Conforme informado pela Polícia Militar, todos eram suspeitos. Contudo, familiares de José Henrique da Silva, também conhecido como "Zé Careca", de 53 anos, alegam que o homem era inocente e teria sido baleado enquanto trabalhava.

De acordo com os relatos, a vítima montou uma barraca para vender bebidas durante um evento que estava sendo realizado na comunidade. Ele voltou para casa e deixou a esposa e a filha cuidando dos negócios. Depois de ouvir tiros, ele voltou ao local para ajudar a desmontar a tenda. Neste momento, ele teria sido atingido.

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"Os policiais viram ele na moto e acharam que era bandido. Atiraram nele depois eles perguntaram, como sempre fazem. Primeiro atira e depois pergunta. A gente tem um sistema terrorista. Aqui no Brasil, os terroristas vestem farda", afirmou um familiar ao G1.

Zé Careca ia depor, na próxima segunda-feira (3), como testemunha da morte de Marcus Vinicius Silva, um adolescente morto a caminho da escola na Maré, em 2018. O homem era bombeiro civil aposentado e trabalhava vendendo bebidas nos eventos da comunidade.

Resposta

Segundo a Polícia Militar, os policiais militares envolvidos na operação já foram ouvidos. A Corporação também instaurou um procedimento apuratório para averiguar a conduta dos envolvidos. 

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