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Mortes, prisões e refém: veja o que rolou na operação na Maré

Ação policial durou até a tarde de segunda-feira (26)

Caveirão ficou na porta da comunidade
Caveirão ficou na porta da comunidade |  Foto: Marcelo Eugênio
  

A operação realizada nesta segunda-feira (26) no Complexo da Maré terminou com 26 prisões, cinco mortes e diversas armas apreendidas pela polícia militar.

Desde o começo do dia, intensos confrontos entre policiais e criminosos foram registrados. A PM ressaltou que a operação teve como objetivo conter tentativas de investida de uma facção criminosa contra a outra.

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Segundo a Polícia Militar, sete fuzis, oito pistola, uma réplica de arma de pressão/ar comprimido, uma granada, aproximadamente uma tonelada de maconha e 50 pés da planta, 48 frascos de lança-perfume, foram apreendidos na região. 20 carros e motocicletas roubadas também foram recuperados.

Cinco suspeitos, que não tiveram as identidades reveladas, morreram, após uma troca de tiros. De acordo com a PM, os feridos chegaram a ser socorridos ao Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiram. As ocorrências foram registradas na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e na 21ª DP (Bonsucesso).

Refém

Complexo da Maré fica na Zona Norte da cidade
Complexo da Maré fica na Zona Norte da cidade |  Foto: Marcelo Eugênio
  

Na parte da tarde, uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em patrulhamento na Vila Pinheiro viu uma movimentação suspeita em uma residência e, ao tentar entrar no local, viram suspeitos escondidos. O grupo teria atirado contra os policiais, o que gerou um confronto.

A PM informou que o dono da residência estava sendo feito de refém, sendo necessária uma negociação e intervenção dos policiais.

Enquanto mantinham um homem em sua própria residência, criminosos chegaram a fazer uma live em uma rede social para mostrar que havia, de fato, um refém. Durante a transmissão, a pessoa que gravava dizia que o grupo de homens que estava na residência só queria se entregar às autoridades policiais.

A ação contou com efetivo de 120 policiais, emprego de seis veículos blindados e duas aeronaves. Policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) atuaram nas comunidades Vila do João, Vila dos Pinheiros, Baixa dos Sapateiros e Timbau.

Fechamentos

A operação causou diversos impactos para os moradores e trabalhadores que tiveram que passar pela região. PMs do 22º BPM (Maré) e do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) tiveram que interromper, preventivamente, o fluxo da Linha Vermelha para resguardar usuários da via no período da manhã. Equipes do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) também foram deslocadas em reforço para a região.

Na parte da tarde, manifestantes atearam fogo em objetos e bloquearam temporariamente a linha amarela, na altura do Timbau.

 
  

A equipe do ENFOCO esteve na Linha Amarela na tarde desta segunda-feira (26) e viu um blindado da PM em uma das entradas do Complexo. Viaturas também faziam ronda pela região.

Por precaução, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiu suspender todas as atividades da Cidade Universitária, localizada na Ilha do Fundão, por causa dos confrontos. 

Questionada, a Secretaria Municipal de Educação informou que 35 unidades escolares da região da Maré foram fechadas, prestando apenas atendimento remoto. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) completou o Centro Municipal de Saúde Vila do João e as clínicas da família Augusto Boal, Adib Jatene e Jeremias Moraes da Silva, também interromperam o funcionamento. 

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