Distrito Federal
Família de mulher que teve caso com sem-teto vai à polícia
Givaldo Alves contou detalhes da relação sexual para imprensa
A família da mulher que se relacionou com o sem-teto em Brasília realizou nesta sexta-feira (25) um boletim de ocorrência contra Givaldo Alves, de 48 anos, o acusando de difamação. O registro foi realizado na delegacia de Planaltina (16ª DP), no Distrito Federal, e acontece após detalhes divulgados pelo sem-teto para a imprensa.
A informação foi divulgada pelo colunista Léo Dias, do Metrópoles. Em entrevista à imprensa, o delegado responsável pelo caso, Diogo Cavalcante, contou que entende que o ideal seria o representante da moça procurar o Poder Judiciário.
"O pai da moça, na qualidade de representação legal dela, compareceu na delegacia e registrou uma ocorrência de difamação. Nós entendemos que a medida adequada cabível seria a representação junto ao Poder Judiciário pedindo que determinasse que esse envolvido parasse de divulgar ou mencionar qualquer fato que pudesse desabonar a imagem e a honra da moça", informou.
O delegado ainda complementou que não pode dar detalhes sobre o inquérito porque está em sigilo, mas ressaltou que todas as linhas de investigações estão sendo apuradas.
Versão de Givaldo
De acordo com o homem em situação de rua, em entrevista, a relação foi consensual e não houve estupro. Inclusive, ele teria sido chamado para o carro justamente pela mulher. Durante a entrevista, Givaldo destacou detalhes da relação sexual.
"Entramos no carro, comecei a conversar com ela, mostrei documentos, fotos da minha filha e disse pra ela, se você me quer, me leve para algum lugar, e fomos, aí eu abri o zíper, tirei o membro, e era uma mão dela na direção e outra no carinho, chegamos em um lugar mais deserto, falei para deitar os bancos e se ela realmente me quisesse tirar a roupa", contou.
O homem em situação de rua ainda destacou o corpo da mulher. "Era o corpo mais maravilhoso, lindo, perfeito, quero dizer parabéns pelo que ela é", complementou.
Laudo Médico
A mulher foi diagnostica com "transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica". A informação é do portal R7, que teve acesso ao relatório médico psiquiátrico do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Ela segue internada em tratamento e sem previsão de alta. Na quinta (24), a Justiça do Distrito Federal solicitou a apresentação da documentação que prove o atual quadro de saúde dela.
O psiquiatra afirma que a mulher “não é capaz de responder por si, tampouco de exercer vários atos da vida civil; em especial o de assinar documentos e procurações, assim como de celebrar contratos ou contratar serviços de qualquer natureza”.
O relatório detalha que a mulher foi levada ao pronto atendimento do Hospital Regional de Planaltina no dia 10 de março "devido às alterações de comportamento descritas e por ter se envolvido em relação sexual com pessoa em situação de rua motivada pelo quadro delirante", detalha o texto.
Relembre o caso
O caso aconteceu no bairro Jardim Roriz, em Planaltina, no Distrito Federal, no dia 9 de março, e foi todo gravado por câmeras de segurança. As imagens que viralizaram nas redes sociais mostram o personal indo até um carro e espancando o homem em situação de rua, que realizava relações sexuais com sua esposa . A vítima saiu do veículo sem roupa e continuou sendo agredida na rua pelo personal.
A agressão foi registrada na Delegacia de Planaltina, a 16ª DP. A vítima, Eduardo e sua esposa foram encaminhados para o Hospital Regional de Planaltina para exames dos ferimentos.
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