Operação Epístolas
Fernandinho Beira-Mar e filhos são condenados por crime organizado
Irmã e ex-mulher do traficante também foram condenadas
O traficante Fernandinho Beira-Mar foi condenado pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia por participar de uma organização criminosa revelada pela investigação da "Operação Epístolas" em 2017. A pena adicionada foi de 14 anos, dois meses e 20 dias, além de cumprir 320 anos de prisão por outros crimes, como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
A "Operação Epístolas" da Polícia Federal revelou que Beira-Mar continuou liderando o tráfico de drogas em 13 comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mesmo estando em uma penitenciária de segurança máxima em Rondônia.
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A PF afirmou também que ele ampliou sua atuação para controlar a venda de gás, internet, caça-níqueis, cigarros e bebidas nas favelas de Caxias. As ordens para os negócios criminosos eram transmitidas através de recados aos parentes durante as visitas ou por meio de bilhetes repassados para um detento na cela vizinha.
Por conta desses "bilhetes", seis filhos de Beira-Mar foram condenados pela Justiça Federal. São eles:
1 - Luan Medeiros da Costa: condenado a 5 anos e 5 meses de reclusão em regime semiaberto;
2 - Felipe Alexandre da Costa: condenado a 6 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão em regime fechado;
3 - Taiuã Vinícius da Costa: condenado a 5 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto;
4 - Ryan Guilherme Lira da Costa: condenado a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto;
5 - Fernanda Isabel da Costa: condenada a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto;
6 - Gabriela Figueiredo Ângelo da Costa: condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão em regime semiaberto.
Além dos filhos, Alessandra da Costa, irmã e advogada de Fernandinho Beira-Mar, também foi condenada por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito em decorrência das transações ilícitas da organização criminosa. Ela recebeu uma pena de 7 anos e 4 meses de reclusão em regime semiaberto.
"A acusada, da família, é uma das que tem melhores condições financeiras, chegando a afirmar que 'o que desejava, seu irmão lhe dava', porque, segundo ela, ele é milionário", diz a condenação.
Por outro lado, ex-mulher de Fernandinho Beira-Mar, Jacqueline Moraes da Costa, recebeu uma pena mais branda por ter feito um acordo de colaboração com delação premiada. Mesmo com condenações por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, ela foi condenada a 3 anos e 9 meses de reclusão em regime aberto.
A "Operação Epístolas" resultou na condenação de 35 pessoas em primeiro grau pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia. No entanto as sentenças são passíveis de recurso.
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