Crime
Furto de hidrômetro deixa até alunos sem aula em Niterói
Escola no Bairro Chic ficou sem água por conta de ladrões


A rotina de moradores, comerciantes e até de uma escola particular no Fonseca, em Niterói, tem sido constantemente interrompida por um problema que parece longe de ser resolvido: o furto de hidrômetros. Na Rua Manoel Areal, no bairro Chic, o crime vem se repetindo com tanta frequência que já causou prejuízos financeiros, insegurança e até a suspensão de aulas.
Um dos casos mais recentes, ocorrido na segunda-feira (11) , deixou uma escola sem abastecimento de água, forçando a interrupção das atividades por um dia. Desde então, a instituição tem recorrido a caminhões-pipa para manter o funcionamento, medida que ilustra como o crime afeta diretamente o cotidiano da população.
Moradores que não quiseram se identificar, temendo represálias de criminosos, relatam que os furtos acontecem com frequência, apesar de registros de prisões.
"Até os alunos ficaram sem aula por causa disso. Levaram o hidrômetro e a escola ficou sem água!", disse um deles.

A Águas de Niterói, responsável pelo abastecimento, afirma que os casos são tratados com prioridade e que a substituição dos hidrômetros furtados ocorre sem custo para os moradores, desde que haja registro de boletim de ocorrência. A empresa também informa que o reparo costuma ser feito em até 24 horas após a notificação.
Ainda assim, na prática, moradores relatam um tempo maior para solução do problema e uma sensação de insegurança diante da repetição dos furtos, mesmo com ações conjuntas anunciadas entre a concessionária, o Centro Integrado de Segurança Pública e a Polícia Civil.
Sobre a atuação das forças de segurança, a Polícia Militar não comentou diretamente os furtos de hidrômetros na região, mas divulgou que, entre janeiro e junho de 2025, o 12º BPM prendeu mais de 800 pessoas e apreendeu mais de 50 adolescentes na sua área de atuação. A corporação destaca que o patrulhamento foi reforçado com equipes em motocicletas e viaturas, além do uso de efetivo extra pelo Regime Adicional de Serviço (RAS).
Segundo a corporação, parte desses crimes é cometida por pessoas em situação de vulnerabilidade social, o que aponta para a necessidade de uma resposta integrada entre segurança e assistência social. A PM também reforça a importância do acionamento imediato em casos de flagrante e dos registros em delegacia para auxiliar as investigações.


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