Irmão de motorista que atropelou corredor em SG foi condenado por homicídio

Rodrigo de Oliveira Lessa da Costa, o Jack Bauer, irmão de Everton Oliveira da Costa, o motorista de van acusado de atropelar e matar o atleta Lucas Celestino na BR-101, em São Gonçalo, possui um histórico truculento envolvendo torcida organizada. 

Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rodrigo foi condenado a mais de 25 anos de prisão por envolvimento na morte do torcedor do Flamengo, Carlos Afonso Oliveira Leite, na época com 24 anos, em outubro de 2017, no bairro Tenente Jardim, na Zona Norte de Niterói. Ele segue preso. 

O crime ocorreu horas antes de um clássico entre Vasco e Flamengo. Na ocasião, outras duas pessoas ficaram feridas.

A denúncia aponta que, em meio a ataques com bombas e pedaços de madeira, dois veículos se aproximaram e ocupantes disparam contra a multidão. Um dos disparos atingiu Carlos Afonso na cabeça. A vítima não resistiu aos ferimentos e, após três dias de internação, faleceu.

Um outro envolvido no caso também foi preso. Um terceiro homem era considerado foragido.

A sentença inicial contra Rodrigo de Oliveira Lessa da Costa, proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, estipulava 31 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, resultado da condenação por dois homicídios qualificados tentados e um homicídio qualificado consumado. Posteriormente, a defesa entrou com pedido de habeas corpus, alegando falta de provas, e a pena foi reduzida para 25 anos, 2 meses e 12 dias, segundo apurado pelo ENFOCO.

A revelação do histórico criminal de Rodrigo lança novas sombras sobre o caso que envolve seu irmão, Everton, atualmente sob investigação pelo atropelamento de Lucas Celestino. A Polícia Civil apura as circunstâncias do acidente e já ouviu o motorista, que prestou depoimento nesta terça-feira (15), na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), sendo liberado na sequência.

A prisão de Everton já foi solicitada à Justiça pela polícia, por crime de homicídio por dolo eventual e fraude processual, pela omissão de informações relevantes e modificação do objeto ligado ao crime. Ainda não foi emitido o mandado de prisão.